IX

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Lauren P.O.V


Me acostumo com o sol batendo em meus olhos, e tento focar no rosto dela bem próximo ao meu, seu sorriso não saindo dos lábios enquanto falava sobre a galeria. – Viver do que se ama é a melhor parte da vida.


A voz de Lucy é animada e suave e lhe dou um sorriso sincero, amando toda aquela interação com ela, sua maneira de falar tranquilamente me inspirava. A loira joga seus cabelos para o lado e morde o lábio.


— Tudo isso parece ser legal, Lucy. Queria eu poder ter uma vida tão legal quanto a sua. – Eu brinco e ela ri. Uma risada linda.


— Mas a sua vida é legal. Você viaja pelo país, conhece pessoas novas. Como isso pode ser ruim?


— Eu só vou para Los Angeles, Lu. Mais nada. – Dou de ombros e bebo do suco que ela havia feito para mim. Lucy me trouxe a sua galeria de arte, um belo primeiro encontro, e conversamos muito sobre arte, música e o que levara ela a trabalhar com isso. A loira me disse que eles estavam sendo muito requisitados pelos novos ricos da cidade, tudo graças aos contatos de seus sócios, Zayn Malik e Halsey. Eu ainda não os tinha visto.


— Mas conhece tanta gente! Eu adoraria poder fazer isso. – Reviro meus olhos e lhe dou um beliscão na mão, o que a faz dar um gritinho e se assustar.


— Você devia largar a galeria e ser aeromoça. Podia trabalhar comigo na American.


— Quem sabe? Assim eu poderia ver esse rosto lindo todos os dias. – Os olhos castanhos carinhosos dela me encaram. Bem profundo. A encaro de volta e mordo meu lábio. Quero beijá-la. Muito. Faço menção de me inclinar para o fazer, mas meu telefone vibra.


— Desculpe.


Pego o meu celular de cima da mesa e olho para ver quem era, dando de cara com um número que eu desconheço. – Alô?


— Senhorita Lauren Jauregui? – É a voz de uma mulher ao telefone.


— Sim. Sou eu mesma.


— Sou Angel Watson, e estou te ligando no nome da família Cabello-Gray.


Quase caio da cadeira ao ouvir o nome. – O que?


— Sim. Como a senhorita bem sabe, irá participar da festa do Sr. Gray e ele me pediu pessoalmente para lhe levar ao estilista da família, para fazer suas roupas. É crucial que esteja vestida impecavelmente.


Fico de boca aberta, somente ouvindo aquela mulher falar rápido sobre se portar bem, de como era crucial que se fosse mostrado a singularidade da American Airlines e da família Cabello-Gray. Lucy fica parada me fitando com olhos curiosos, mordendo os lábios e com uma carinha adorável.


— Eu... – gaguejo, interrompendo a mulher afobada. – Qual a necessidade disso? Eu... não faço parte da família. Sou somente uma funcionária.

Comandante Cabello | IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora