Comandante Cabello | Intersexual

XIII

N/A: hallo!

Esse capítulo é ponte para os acontecimentos futuros importantes para a fic!

Os lábios cobertos de batom vermelho estão franzidos, olhando para a cartela de vinhos em suas mãos, não sabendo de verdade qual era a diferença de um para outro. Camila observa a mulher, atenta, apreciando de verdade o que era estar cara a cara com Lauren de novo, com seus olhos verdes instigantes, os cabelos negros e uma boca que poderia dizer qualquer coisa e ela acreditaria.

— Pode escolher qualquer um, querida. — Lauren se vira para olhá-la e cora com o jeito que Camila a observa.

— Tudo bem. —A aeromoça sorri e escolhe um aleatório, comunicando ao garçom o escolhido. A cada vez que Camila e ela foram jantar, nesse caso 3 vezes, a mais velha escolhia tudo. Era meticulosa com tudo ao seu redor.

Há silêncio quando o homem sai, as duas mulheres estando desconfortáveis e sem jeito de dizerem algo. Camila suspira e então decide tomar a palavra primeiro. — Eu sei que você está se perguntando o porque eu ter te chamado hoje, e sei que tenho muita coisa para explicar, eu só... queria te ver. Olhar pro seu rosto, sozinha, e apreciar ele de verdade. — Os dedos magros de Camila se entrelaçam com os de Lauren em cima da mesa. A morena não os solta. Gosta de ter a mão da mais alta na sua. 

— Eu também senti falta. De ficar sozinha com você, sem ninguém, sem brigas. Como era antes. — Lauren não sente receio de dizer isso. É Camila ali. A mulher que ela ama. E estar próxima a ela lhe fazia bem.

— Eu nem deveria te procurar para dizer isso. Mas querida, eu preciso. — As bilhas castanhas estão amorosas e Lauren derrete. —Eu saí de casa, deixei Kiera, porque simplesmente não poderia continuar nisso. Continuar sem você. — A aeromoça suspira e sorri para Camila. Ela não havia esperado tanto por isso? Havia. E mal podia se conter agora. —Eu te amo, querida. E quero que você fique comigo. Por favor.

Camila não era de pedir por favor. Ela sempre teve tudo que quis em mãos, ela tinha todo o dinheiro e influência que seu nome trazia, mas ali, olhando para aquela mulher linda, jovem, amorosa, ela se sentia pequena e fraca. Imploraria quantas vezes fosse possível, de todo o tipo de jeito. Porque ela a amava como nunca. — Eu estou vendo Camila Cabello implorar por algo?

Quem o fala é Lauren, com um sorriso brincalhão nos lábios, dando um singelo aperto na mão de Camila, mas a soltando. As pessoas aqui da cidade a conheciam, sua família, e bem, seu casamento, não era bom terem um contato explícito em Chicago. Pelo menos não agora. —O que posso fazer? Você me tem, Lauren Michelle Jauregui Morgado. E o tem para sempre.

Lauren quer agarrar o lindo rosto de Camila e beijá-la, mas havia outros assuntos em pauta. Beijos podiam esperar. —O que Stephen sabe? Sobre, você sabe.

Quando o nome do magnata Gray é proferido, Camila se empertiga e fecha o cenho. Ela estava ignorando esse assunto, não queria o nome do padrasto citado. Mesmo distante, o velho Sr. Gray podia despertar sentimentos ruins. — Há essa hora ele já sabe. Por causa de Thomas Gold. Kiera já correu atrás do pai, e se conheço bem meu ex-sogro ele está gritando com Stephen. E provavelmente quer me matar. — A voz de Camila está carregada de ironia, sua reação típica quando era atingida por algo.