I fell in love with a criminal / Justin Bieber

Capítulo 5

Justin Bieber

Ontem mandei uma mensagem pra Camila pedindo que hoje ela viesse na minha casa. Mas, deixei bem claro no fim da mensagem que não queria que ela trouxesse a amiguinha de estimação dela, afinal, pelo que eu andei observando, a garota é um misto de frescuras.

Conheci a Camila quando tínhamos 8 anos de idade. Ela morava na mesma rua que eu, vivíamos juntos, não nos separavamos pra nada. Obviamente, crescemos, acabamos que começamos a namorar um tempo, mas não deu certo. Resolvi entrar pra vida do crime, não que tudo tenha acontecido por acaso, eu presenciei muita coisa e pra mim, a melhor escolha que eu já fiz foi entrar pra essa vida.

Mesmo que o meu namoro com a Camila não tenha dado certo, ainda sim damos uns pegas as vezes. Quando eu quero, ela vem na minha casa, dorme aqui, me faz um bom trabalho, cheira bastante e depois vai embora.

Quem me contou sobre a Mayla foi ela, achei ela interessante e resolvi pesquisar sobre a sua vida. Me viciei em procurar por sua vida e desde então nunca parei. Semana passada resolvi mandar um vestido pra ela, armei todo um plano e mandei. Só não achei que ela fosse ter coragem o suficiente pra usar na balada, mas a Camila conseguiu convencer a loirinha.

Ela serviria demais para meus planos de fulga em assaltos, disfarces e distrações quando eu precisasse. Ainda irei fazer a cabeça dessa garota, pena que ela é fresca demais e não tem coragam pra essas coisas. Mas com o tempo ela aprende. Chaz, Chris e Ryan já já dão um jeito nisso e ela rapidinho está treinada.

— Levanta! Pega as suas roupas e vaza! — Disse pra morena que estava deitada na minha cama. Abri minha carteira e joguei duas notas de cem dólares pra ela — Anda logo. — A encarei e ela levantou rapidamente.

— Pelo visto acordou de mal humor. — Diz enquanto se vestia.

— Eu deixei bem claro pra você, que quando eu voltasse do escritório não queria você aqui. — Ela revirou os olhos e logo saiu. — Marta! – Dei um grito e logo pude ouvir os passos de Marta vindo em direção ao meu quarto. A empregada.

— Sim senhor.

— Troque esses lençóis e dê uma geral nesse quarto. — Ela apenas assentiu e começou a fazer o que eu mandei.

Caminhei em passos lentos pelo corredor seguindo para o meu escritório. Mas antes resolvi desviar o caminho indo para o outro andar indo até o quarto em que a Mayla estava. Abri a porta lentamente e vi que ela não estava deitada na cama. Dei de ombros e saí dali retornando para o andar onde estava o meu escritório.

Ao entrar no mesmo vejo Mayla sentada no sofá junto com a Camila. Chaz estava com seu computador nas pernas, Chris e Ryan fazendo um tipo de brincadeira boba entre eles.

— Onde estava? — Camila pergunta enquanto eu ando até a minha cadeira que ficava atrás da mesa que tinha al.

— Não sabia que a minha vida era da sua conta.  Pisco pra ela e pego um copo pondo gelo e whisky — Chaz, verificou as câmeras do banco? As escutas? — Pergunto ao cara que me olhou e assentiu.

— Sim, está tudo certo. Já entrei no sistema, irei fazer crachás falsos e assim vocês entrarão sem problemas.

— Mas nós vamos entrar pelos fundos. Nosso objetivo é o cofre e não os caixas. — Olho ele.

— Sim, eu sei. Você e Chris vão entrar pelos fundos, Ryan vai entrar pela frente junto com Camila e Mayla. — Dei uma encara mortal pra ele que soltou um pequeno "desculpa". Olhei diretamente pra Mayla e ela estava com uma cara de quem não entendia nada.

— Essa Mayla ai não sou eu né? Porque eu não vou partocipar de assalto nenhum, sou uma pessoa digna e não preciso de nada disso que vocês fazem. — Me encarou.

— Tem certeza? Daria uma ótima grana, tipo um milhão de dólares pra cada um. Não seria uma boa? — Dou um sorrisinho olhando ela que ficou quieta. A quantidade de dinheiro descrita por mim talvez a tenha deixado pensativa. Afinal, tenho certeza que ela nunca viu toda essa quantia antes.

— Bastante dinheiro. — Engoliu seco. — Mas nem  isso tudo compra a minha dignidade. — A mesma se levantou e não pude deixar de perceber a encarada praticamente mortal que ela deu pra Camila. — Não quero saber como se meteu nisso tudo, só não sabia que era dessas, aliás eu não sabia de nada não é mesmo? — Riu com sarcasmo. — Pra mim eu te conhecia, mas pelo visto eu não conheço nem um terço da sua vida. — Diz furiosa e então sai do escritório batendo a porta com força.

— Essa porta custa mais que a sua vida. — Digo pra irrita-la. Não pude deixar de ouvir um "foda-se" que me fez rir. Camila se levantou e eu a encarei sem entender. — Pensa que vai aonde?

— Falar com ela ou você quer mesmo perder a sua chance de sair livre de todos os assaltos? — Me encarou. Não, eu não quero. — E acima de tudo ela é minha amiga, mesmo você me colocando a força pra ser amiga dela. — Revirei os olhos e ela saiu do escritório indo atrás da Cinderela fresquinha.

Eu pensei que seria tudo mais fácil. Camila entrava nos caminhos da Mayla, convencia a loira de nos ajudar e todo mundo sairia ganhando. Mas, pelo visto vou ter um trabalho enorme pra poder convencer aquela garota a participar do que preciso.

Está na cara da Mayla que ela é completamente difícil de mudar de ideia, mas nada que uma cutucadinha na maior ferida dela não a faça pensar diferente. Ela provavelmente esqueceu que eu sei cada detalhe da sua vida e vou fazer de tudo pra que ela tope participar do assalto.

É um assalto milionário. Assalto esse que eu venho planejando a tempos com os caras e cada um tem um interesse enorme nesse assunto. Os caras também estão contando com a loira pra que tudo dê certo e é dever da Camila conseguir isso.