03 - Pensamento e Vontade

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Este capítulo é de extrema importância para a compreensão da mediunidade; das influências espirituais; da sintonia e da lei de afinidade. Além disso, o entendimento do que é o pensamento como atributo do Espírito imortal e a vontade como força criadora, será de grande valia para que o leitor possa conhecer esse dom que Deus nos deu. É graças a esse dom que os Espíritos nos dizem que somos co-criadores do universo.

Dando continuidade ao nosso estudo, não poderíamos deixar de comentar, sem incorrer em grave erro, sobre o papel do pensamento e da vontade em nossas vidas, principalmente, no que ele representa para nossa reforma moral. Pensamento é ação. É verbo criador. Todo e qualquer ato concreto que exteriorizamos, nasce dos refolhos de nossos pensamentos. E quando ele se une a uma vontade forte e determinada, são veículos poderosíssimos para a realização de nossos intuitos.

Várias obras, não só do campo da ciência do mundo material como também do mundo espiritual, vêm nos brindar com preciosas informações a respeito do pensamento e da vontade, que são atributos essenciais de todos os Espíritos.

Se todos nós agíssemos de acordo com pensamentos bem elaborados, bem refletidos, possivelmente muitos males poderiam ser evitados, e, consequentemente, muitos compromissos de resgates, inclusos na lei de causa e efeito, não se concretizariam.

É muito comum ouvir de certas pessoas, quando em justificativas para tentarem explicar suas falhas cometidas, que elas agiram sem pensar.  Essa própria tentativa de explicação já traz em seu nascedouro um grande equívoco que, caso não seja dito pela ignorância dos fatos, irá ainda mais, acentuar a mágoa daqueles que lhes foram vítimas. Por que afirmamos isto? Simplesmente pelo fato de que ninguém, absolutamente ninguém, age sem pensar. Podemos sim, elaborar pensamentos errados, o que, conseguintemente, irão ocasionar ações também erradas. Mas é impossível que façamos alguma coisa sem pensar.

Os Espíritos superiores nos ensinam que tudo aquilo que pensamos caracterizam aquilo que somos. E o mais interessante: nossos pensamentos criam imagens em torno de nossa atmosfera fluídica(aura), fazendo com que outros Espíritos identifiquem o que estamos a pensar. Somos o que pensamos e isso pode ser percebido por outras pessoas que estejam nos observando no plano espiritual.

No livro Pensamento e Vontade, de Ernesto Bozzano, encontraremos um rico e vasto material para enriquecer este assunto.

Nessa obra Bozzano faz uma análise científica dos efeitos das forças ideoplásticas na mente humana, ou seja: a transformação de um fenômeno psicológico em fisiológico; a fotografia do pensamento através da sua concretização e materialização plástica; a objetivação do pensamento em um organismo vivo.

É uma importante investigação sobre as energias da mente e seus reais atributos, mostrando as potencialidades da alma, encarnada ou desencarnada. Vejamos as informações que ele nos traz:

     Nada é tão importante para a ciência e para filosofia, como averiguar que a força do pensamento e a vontade são elementos plásticos e organizadores.

     Efetivamente, a evidência de tal fato coloca o investigador diante de um ato criador, legítimo quão verdadeiro, que o leva, consequentemente, a identificar a individualidade humana, pensante, com a potência primordial, que tem no universo a sua realização.

     Grandiosa concepção esta, do Supremo Ser, que me reservo para desenvolver, de forma mais criteriosa, oportunamente.

     Antes de tudo, a propósito da questão aqui visada, importa advertir que a idéia de um pensamento e de uma vontade, substanciais e objetiváveis, não é nova.

     Os filósofos alquimistas dos séculos XVI e XVII, Vanini, Agrippa, Van-Helmont, já atribuíam ao magnetismo emitido pela vontade o resultado de seus amuletos e encantamentos.

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