Por fim

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Agarrou a mão do gênio e praticamente o arrastou para a fila com ele segurando as pelúcias antes que ele pudesse mudar de ideia

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Agarrou a mão do gênio e praticamente o arrastou para a fila com ele segurando as pelúcias antes que ele pudesse mudar de ideia. O parque estava perto de se fechar o que gerava o momento ideal para salvar essa tentativa de encontro, o pôr do sol. Viam várias pessoas voltando do brinquedo como todo casal deve. Um beijo apaixonado na frente de todos. Não puderam evitar de se imaginar nesta situação, ambos alheios de tudo, apenas aproveitando a presença um do outro demostrando isso para o mundo. Despertaram de suas mentes meio envergonhados, não eram um casal, acabaram de começar algo, ambos sabiam o que esse "algo" representava, mas não podiam deixar de pensar se o outro pensava o mesmo, estavam muito imersos em suas preocupações para se dar conta do que já era certo.

O brinquedo não era um luxo, mas também não fora mal planejado. Era uma mistura do ostentoso e da simplicidade, de melhor maneira podemos dizer que era a combinação perfeita entre aqueles que já se desesperavam de aguardar o seu momento. Era um barquinho com o assento em duplas representando o símbolo do amor, o túnel que lhes aguardava tinha a iluminação  que o momento lhe permitia, não era a escuridão total que não deixava a vista, pequenos holofotes de tons vermelhos, laranjas e rosas iluminando o caminho, tudo para criar a atmosfera perfeita, o que piorava a ansiedade de ambos que aguardavam na fila sua vez.

Estavam para perder a cabeça, à espera não ajudava em nada, tinham medo de falhar um ao outro. Será que realmente se mereciam? Será que era o correto? Não estaria impedindo o outro de ter alguém melhor? Não percebiam que ao pensar nisso tudo já provava o que sentiam. As incertezas sempre existem em um "algo", mas nem sempre depende do mundo. Outra coisa que não podiam negar. Como seriam vistos? Estava mais do que óbvio que a mídia cairia por cima deles, acusações por ambos os lados, os que apoiam, e os que não apoiam. E novamente a preocupação com o outro surgia, como a mídia o afetaria? Isso está mesmo correto?

O soldado já tinha decidido passe o que passe estariam juntos, e nada os derrubaria e se derrubasse iriam juntos para se apoiarem e levantar novamente.

O gênio estava mais afligido, não sobre achar que não o merecesse, porque mesmo que assim fosse lutaria para provar o contrário. Também não se preocupava com o que os outros pensam sobre o "algo" que tinham, já havia passado muito tempo se preocupando com a opinião do mundo, não precisava convencer o mundo só precisava de quem estava ao seu lado. Muito menos se preocupava com a mídia, tantos anos enfrentando esses abutres lhe havia concedido experiência, não tinha como lhe abalarem agora. O que lhe preocupava não era nada disso, o que realmente lhe preocupava é que ele não é o que todos pensam, não é egoísta, se fosse não haveria nenhum problema, mas ele se importa, e por isso tinha medo que perdesse aquele alguém que lhe importava, tinha medo de tudo o que estava por vir afetasse o que ainda não veio. Temia o futuro, ainda no presente, preso ao passado.

Ao soldado, não passou despercebida essa aflição, segurou sua mão e entrelaçou seus dedos transmitindo segurança, não podia dizer que tudo daria certo, não era ele quem tinha o poder de ver o futuro, mas também não podia dizer que daria errado. O que acontecerá é incerto e tudo depende do agora, então decidiu mostrar que não importava o futuro que lhes esperava, pois iria estar ao seu lado, ia ser seu apoio, era uma promessa que não precisava ser falada, ambos entendiam isso apenas com esse laço que agora os unia.

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