Fall Masks

Quando começamos?

Tony: NÃO!

O menino gritava, desesperado, não acreditava que ele era o responsável pela morte de todos os seus amigos.

Steve: Tony! Tony! Tony!

Steve acordou ao escutando os gritos desesperados do menino, ele estava ardendo de febre, o reator atualmente laranja estava com a luz mais forte, o menino parecia estar delirando, se contorcendo na cama já encharcada com suor.

Tony: S-steve?

O menino abriu os olhos aos poucos e se agarrou ao Capitão o abraçando e chorando sem conseguir emitir nem uma palavra pelos seus soluços.

Steve: O que foi?

Falou com um tom suave e preocupado dando confiança ao menino a falar sobre isso. Porém, nem mesmo esse sorriso com dentes brancos perfeito tal qual comercial, ajudaria o menino a emitir um som se quer. Toda vez que ele tentava falar, encarava as íris azuis esverdeadas do Capitão e desabava chorando de novo.

Steve não sabia o que fazer o menino já estava vermelho de tanto chorar e sua febre estava alta, mas ele não conseguia por mais que tentasse acalmar o menino que já estava quase se esgoelando. E por causa disso, chegou sua salvação. Ouviram umas três batidas de leve na porta. O menino se virou para ela mas não parou o choro, Steve o carregou tentando acalma-lo e foi abrir a porta.

Natasha: O que está acontecendo?

A espiã falou com a voz embargada por causa do sono.

Steve: Quando eu acordei ele estava com febre e depois ele acordou chorando.

Natasha: Me dá ele aqui.

Steve: Se você quer tentar, eu já tentei de tudo.

Falou passando o menino para o colo de Natasha. Que o pegou como se fosse de cristal. E logo saiu andando por toda a torre com o Tony no colo.

Natasha: Shiu. Shiu. Shiu. Tony, você me disse uma vez que Starks não choram, você nunca chorou na nossa frente, o que foi que aconteceu?

Falou docemente. O menino já mais acalmado mas ainda chorando se agarrou mais ao pescoço da ruiva e mergulhou seu rosto na curvatura do seu ombro.

Natasha: Não precisa se envergonhar, chorar lava a alma.

O menino ao escutar isso parou de chorar por um milésimo de segundo pois já havia escutado essa frase várias vezes no passado, queria que existisse alguém que lhe dissesse isso no futuro.

Tony: V-você es-tá p-parecendo a minha mãe, aranhinha.

Falou as palavras entrecortadas por causa do choro e do soluço, causando um sorriso por parte da espiã.

Natasha: Talvez não sejamos tão diferentes.

Com essa frase Tony se agarrou com ainda mais força a ela, come se tivesse medo de perdê-la como a sua mãe. E isso não passou despercebido pela russa.

Natasha: Ei. Não se preocupe, você vai me ter enchendo seu saco e me intrometendo na sua vida por um bom tempo.

Isso fez o menino soltar uma leve risada, o que alegrou Natasha ao ver como pouco a pouco ele se acalmava.

Natasha: Quer me contar por que você acordou chorando?

O menino balançou a cabeça na negativa.

Natasha: Tudo bem. Não importa o que você tenha sonhado, era só um sonho ruim, estamos com você agora, e nada de mal vai acontecer.

Tony: Mas era tão real.