Capitulo 5 “Mônica”
Quase todos os dias daquela semana eu passei na livraria e Marcos ainda não tinha chegado eu tentava soar normal, mas parecia que Taís sempre se divertia a me ver, mesmo sem querer era quase impossível não gostar dela, simpática, extrovertida e atraente, só cego que não via o quanto ela era bonita, inteligente sempre com um papo culto e divertido. Por varias vezes vi clientes entrarem na loja e as vezes saírem sem nada na mão. Ela soava indiferente á todos, pois dizia estar acostumada, mas eu sabia como era difícil ser á indesejada no local.
Em casa eu passava pelo mesmo problema, minha mãe não aceitava minha mudança e ficava claro isso quando estava com visita e fazia questão de fingia que eu nem existia. Era ruim, mas não poderia voltar atrás, tinha que mostrar que era forte e que aquilo não me abalava, ficava mais fora que casa do que dentro.Meu lugar na mesa já não reservado, quando jogou algumas roupas minhas fora, brigamos feio, então eu evitei ao máximo me expor, ela estava jogando com as cartas dela e eu ainda não poderia fazer nada.
Como era sábado marquei de almoçar com Gabriel, depois que ele terminou com a Patrícia parecia outra pessoa, serio e centrado na loja do pai, mas quando sai relaxava e se divertia, na outra vez em que saímos eu perguntei o motivo do termino, os dois pareciam se gostar tanto e era difícil que não tinha mais amor ali. Ele foi sincero, os pais implicavam muito com ela e nunca á deixavam avontade, quando ele disse que se mudaria junto com ela pra Boston, o pai negou veemente e a mãe fingiu desmaio.
Parecia um drama familiar para mim.
>> O que você vai fazer ficar aqui e aceitar viver desse jeito? – perguntei pra ele, enquanto jantávamos.
>> Você acha que é fácil, meu avo era dono daquela loja e deixou aquele legado por meu pai e assim pra mim. Não posso ir sem magoá-lo.
>> Então magoa á si mesmo, isso so vai te fazer infeliz.
>> Queria que ela tivesse ficado, sabe, ter enfrentado essa barra comigo, então provaria desse amor que ela dizia sentir. – resmungou ele.
>> Gabi, acho que você não imagina do que ela passou pra ficar com você. – falei me levantando – Isso sim, foi muita prova de amor.
Sai e deixei-o lá. Bem que queria ajudá-los, mas não estava conseguindo ajudar nem a mim mesma, enquanto o Marcos não voltasse eu nem poderia dar o primeiro passo.
Depois Gabriel foi ate a minha casa e pediu desculpas, eu entendi e aceitei sair com ele de novo. Estava terminando de por minha sapatilha quando meu celular tocou.
>> Alo?
>> Você so esperou eu sair pra voltar e ficar com o Gabi? – exclamou Patrícia. – Não sabia que vocês eram tão amigos de sair todos os dias.
>> Ei, pare pro ai. Desde quando você fala assim comigo – perguntei pra ela.- e sempre te dei á maior força pra ficar com ele. Sei que vc teve que passar por muita coisa, mas eu estou aqui como amiga dele, e sou sua amiga também.
>> Não tente me enganar, jantam juntos, estão quase sempre juntos, fala que não é verdade?
>> Não é verdade, saímos pra lanchar uma vez, jantamos na quinta e hoje vou almoçar com ele.- suspirei chateada – Ate por que eu não tenho mais ninguém aqui, entende. Minha mãe esta me infernizando legal e as pessoas são tão falsas que nem da vontade de conversar e ele foi um bom amigos, e tenho que ser uma boa amiga, mesmo que ele não mereça.
>> Por que diz isso? Ele tentou alguma coisa com você? – disse aflita.
>> Ele deixou você ir, logo você que batalhou tanto pra estar com ele, e ele fica contra a própria felicidade.