Minha vida esta um caos, as vendas tinham caído gradativamente e eu tentava a todo custa deixar minha vida o mais estável possível. Há dois meses que me relacionava com Kendall, ela era linda e fogosa, sua pele branca e seus cabelos loiros, seus seios fartos e aquela bocetinha, deixa qualquer um doido. O que só pra ser uns encontros ocasionais, estavam se tornando freqüente. Desde quando eu expulsaria uma mulher gostosa como ela da minha cama. Nem louco, mas ate á louca daria espaço pra lucidez e quando começou a passar as noites lá em casa e ir embora pela manha, eu tentei dissuadi dessas idéias. Eu queria um compromisso, mas não com ela, o que tínhamos era meramente físicos. Eu tinha uma boa vida, era independente, tinha meus próprios lucros, ainda não era rico, mas fazendo as aplicações certas em breve seria. Naquela semana teria que voltar ao Brasil e ficar por duas semanas, um amigo do Rio, avisou que tinha gente interessada em compra meu apartamento em Botafogo. Se desse tudo certo eu receberia o valor do imóvel avista e poderia descansar minha cabeça no travesseiro. Aquele apartamento foi presente do meu pai biológico que deixou pra mim, antes de sumir no mundo quando eu tinha 20 anos. Minha mãe já tinha falecido á mais de 15 anos então nada poderia me prender lá. Queria crescer, foi fazendo contatos e viajando mundo a fora. Viajei de carro por quase todos os estados unidos. Quando cheguei em Albuquerque, conheci um senhor muito simpático em um restaurante. Ele puxou papo, falando que era italiano e tinha propriedades em três estados. Me ofereceu uma loja e uma casa em Alamogordo. Fingi que fiquei interessado e ele falou que iria ate o carro busca umas fotos pra eu ver. Terminei minha refeição e deixei pra lá. Minutos depois estava pagando á conta e esse senhor voltou com uma pasta.
Quando vi a casa e o valor que pedia, fiquei muito interessado e marcamos de nos encontra na outra semana lá. A cidade lembrava muito com os filmes de velho oeste. Casas de madeira rústicas e ruas largas, so que ao invés de chão de terra tudo era asfaltado. A casa e a loja precisavam de reformas, mas era uma chance de compra dois imóveis com o dinheiro que tinha. Assim que finalizamos a compra, percorri todo o centro pra saber no que poderia investir. Conversando com um amigo que morava em New York, me deu á idéia de abrir uma livraria. Com a ajuda dele, em três anos consegui estabilizar o negocio e pagar a divida que tinha feito. Fez todo o trabalho de reforma da casa e da loja, fui auxiliado por uma prestadora de serviço. Mas assim que cheguei conheci um homem que seria um grande amigo, um irmão pra todas as horas, no começo fui mais seu auxiliador, tinha perdido á esposa em um acidente de carro. Noah foi o cara que mais me ajudou, quando falou que publicaria a obra de sua falecida esposa dei toda a força. Ele me apresentou pessoas importantes, então meu negocio não pararia no primeiro ano. Só que eu descobri que as pessoas daquela cidade eram rancorosas, uma sociedade com princípios rígidos, o progresso era encorajado ate certo ponto, e com qualquer deslize eu colocaria tudo á perder. Assim me mantive afastado das moças da cidade, quando sai pra uma rodada de sexo sempre ia á boates, lá acontecia e ficavam por lá. Umas três vezes namorei, mulheres de outras cidades, que as vezes passavam dias em minha casa. Mas durante o ultimo ano, não tive tempo de me socializar com o sexo feminino ate achar a Kendall. Ela quase todo mês ia na loja e adora suas conversa, gostava de livros eróticos e era venda fácil em muitos mas com ela pude evoluir. Quando disse que tinha se separado do marido recusei vários convites dela, mas cada dia que passa usava roupas mais provocantes, decotes que não deixavam muito pra imaginação então cai pra dentro. Sempre a levei pra minha casa e no final da noite a devolvia pra seu lar. Mas então começou a fazer pressão pra passar mais uma hora, mais sexo, e então parei de me importar, a mulher aprendeu muita doideira nos livros que lia. Gostei da sua companhia, ate que começou a se impor de mais, querer sair pra jantar, e eu já tinha deixado claro que só queria sexo. Um dia entrou na loja quando eu terminava de atender o presidente do comitê da cidade, nem esperou o cara sair, me puxou pela camisa e beijou minha boca. Assim que a afastei, pedi desculpa ao senhor e pedi pra ela me esperar no escritório. Fechei a loja e fui por um fim naquela merda, mais assim que entrei á vi nua em cima da mesa. Depois que dei o que queria, exigi que me respeitasse, não tínhamos nenhum tipo de compromisso que queria que ela parasse de achar que aquilo mudaria. Saiu chorando dali, dizendo que nunca gostaria dela, então falei pra parar de me procurar. Foi um alivio de dois dias. Então começou tudo de novo, fechou ao ponto de invadir a minha casa quando eu estava dormindo, quando acordei encontrei ela deitada ao meu lado da cama. Brigamos e coloquei-a pra fora, falei que se voltasse eu chamaria a policia. Então sumiu á uma semana que não havia e dava graças á Deus por isso. Terminei de arrumar o ultimo lote de novos livros que tinham chegado. No começo do próximo mês o livro do Noah seria lançado e iríamos ate Albuquerque pra noite de autógrafos. Ele estava mais do que feliz, exalava amor pelos poros, desde que descobriu a gravidez da sua esposa Taís. Quem diria que seria uma boa ouvinte, eu já começa á considera como uma grande amiga, era alegre e extrovertida, Desde que á sentença do homem que á molestou saiu, ficou mais tranqüila, e nos tranqüilizava também. O cafajeste tinha pegado perpetua pois foi alem do abuso que fez á Taís sofrer e ter aliciado varias outras meninas que depor contra ele, assumiu á culpa pelo assassinato do Phillip Follmann, que depois viemos á saber que era avó do Noah. Ficamos tristes pela acontecido, mas á cada dia Taís mostrou o quanto tinha se recuperado, quanto amava o Noah e ajudou a mãe dele, que sofreu bastante com o desfecho do assassinato do pai.
Era bom ter um colírio pra toda aquela dor, e ela era um flor que florescia a cada dia, e ficava linda grávida. Hoje iríamos jantar juntos antes de viajar e pedir pra ficar de olho na casa e na loja. Tranquei a loja e segui pra casa deles.
Assim que estacionei, tranquei o carro e toquei a companhia, Noah logo abriu a porta e disse.
>> Já estava na hora – me dando passagem – Sabe que quase jantei sem você.
>> Deixe de ser reclamão.
>> Oi Marcos, venha o jantar já está pronto – falou sorrindo á mulher do meu amigo.
Sentamos-se à mesa e Taís começou a nos servir, meio que invejei aquela cumplicidades entre os dois, formavam um casal perfeito e em menos de 7 meses teriam um bebe. O jantar foi amigável como sempre, Taís cozinhava bem e sempre me chamava quando testava uma nova receita.
>> Marcos já esta pronto pra viajar? - Disse Taís.
>> Sim, espero ficar somente quinze dias, não quero deixar á loja muito tempo fechada.
>> Bom já que tocou no assunto, Taís me perguntou se queria que ela ficasse na loja ate você voltar. - Falou o Noah.
Olhei pra Taís que me olhava com uma cara bem esperançosa, sabia que alem deles eu não poderia confiar em mais ninguém.
>> Isso seria ótimo, muito obrigado, alem de me alimentar e ouvir minhas lamurias vai trabalhar de graça pra mim, tudo o que queria.
>> Muito engraçado. – disse ela rindo – Posso mesmo?
>> É claro minha florzinha, agradeço mesmo, depois que a Kendall aprontou estou sentindo os efeitos de ser mal visto.
>> É uma pena que você tenha se envolvido logo com ela. - Disse ela já se levantando – Tanta garota bonita e solteira, você pega logo uma recém separada e com cara de problemática.
>> O desejo falou mais alto.
>> Ok, não vamos emendar esse assunto pras vias sexuais – Disse o Noah.
Eu e Taís rimos dele e ela falou – Querido você não acha que como amigos, devemos saber de quase tudo?
>> Ótimo, vamos nos firmar no quase e deixar por ai – Ela o beijou.
>> Adoro vê-lo com ciúmes.
>> Ok crianças, já vi que logo logo estarão na cama. Passa amanha na loja, que te explico tudo certinho e te deixo á chave. – Fui a direção a saída e parei quando ela me chamou. – Sim.
>> Aceito o pagamento em jujubas. – disse sorrindo, sendo acompanhada pelo Noah.
Esses eram meus amigos.