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Já faz uma semana que a garota está trancada lá embaixo e ainda não me animei para falar com ela e muito menos matá-la. Apenas levo suas refeições e passo pela pequena portinhola que instalei. Fora isso, eu ainda não sei o que fazer. Estive ocupado demais procurando novos ratos, é como costumo chamar minhas vítimas.
Consegui os braços dessa vez, os dois de uma única vez. Duas garotas idiotas que vagavam pelas ruas de madrugada estavam cheias de álcool e drogas. Detesto essas ninfetas que saem pela madrugada se achando gente!
Não foi difícil parar meu carro e oferecer carona, especialmente porque estava tendo um baile de máscaras e foi bem fácil esconder minha cicatriz peculiar. As duas idiotas aceitaram facilmente, uma estava tão bêbada que foi praticamente carregada pela outra. Acordou bem rápido, assim que serrei seu primeiro braço! A outra gritou tanto que chegou a perder a voz, nem ao menos tentou correr, ficou parada lá feito uma estátua histérica gritando por minutos incontáveis. Azar o dela. Só calou a boca quando o braço caiu e, em seguida, o corpo.
Minha ideia é montar um corpo perfeito com um pedaço de cada garota, talvez eu use a cabeça da que está guardada em meu porão. Ela tem um rosto bem bonito, pelo que pude ver. Tal pensamento me surpreende, eu jamais achei uma garota bonita antes. Para mim, todas eram apenas presas e a única coisa que eu ansiava era vê-las gritando.
Olho meu relógio de parede, está perto da hora do jantar, desço as escadas levando lentamente a refeição para meu bichinho de estimação. Sorrio a esse pensamento, gosto de pensar nela como um bichinho de estimação. Já tem uma semana que levo as refeições até lá e sempre que abro a pequena portinha de madeira sinto um arrepio estranho em meu estômago quando vejo aqueles olhos pequenos e tão azuis me olhando do outro lado.
Obviamente, ela não me enxerga, eu sempre deixo o corredor apagado para propagar ainda mais seu medo, mas sempre que a vejo, sinto que tem esperanças de que eu vá me revelar. É óbvio que eu não me importo com ela. Sempre que trago alguma vítima para aquela sala que não tem nada além de um colchão puído, nenhum travesseiro e muito menos lençol, elas não ficam mais que dois dias.
Teve uma que ficou três, pois sabia cozinhar muito bem. O problema é que ela achou que me enganaria, tentou me seduzir. Senti até ânsia de vômito! Por que as mulheres acreditam que têm os homens sob seus pés e podem fazer com eles o que quiser?
Naquele buraco, não existe nada além do colchão, um vaso sanitário e uma pequena pia. Não pensem que é luxo ou que me importo, mas sinceramente não cogito nem a possibilidade de limpar aquela jaula caso não haja um vaso.
Abri a portinha de madeira e, para minha surpresa, os olhos dela não estavam me observando do outro lado como de costume. Não que ela tenha relógio, mas os animais costumam saber as horas das refeições e depois de uma semana, servido pontualmente às 18 horas, ela já deveria saber que estava na hora de comer. Trago o de sempre, uma maça, dois pães e um pedaço de queijo. Abro a gaveta por onde empurro a comida, colocando de um lado e, assim que fecho, fica disponível para que ela pegue do outro. Mas dessa vez não escuto nenhum barulho.
Fico intrigado pensando se ela morreu. Não sei por quê, mas me sinto apreensivo. Volto à sala de observação e a vejo deitada imóvel no colchão. Fico a observando por quase uma hora e ela em nenhum momento se levanta. Bom, se ela morreu, tenho que tirar aquele lixo de lá e desocupar a vaga. Desço novamente as escadas e começo a destrancar a porta.
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Com amor, Jeff the Killer
FanfictionEla era doce, eu não Ela era boa, eu não Ela era ingênua, eu não Eu estava apaixonado, ela não... Será o amor capaz de controlar sua necessidade de matar?