Capítulo 9

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(Jeff)


Acredito que seja umas sete ou oito horas da noite, minha janela mostra a escuridão lá fora, acho que nunca dormi tanto! Me levando meio cambaleante e vou ao banheiro, lavo o rosto e meus olhos pararam no espelho, fixo minha cicatriz peculiar. Antes, ela nunca havia me incomodado tanto, mas agora, gostaria que ela não existisse. Coloco novamente minha máscara e deixo o quarto para me sentar na sala em frente à TV, mas não chego a ligá-la.

 Algo estranho está acontecendo em minha casa, eu não havia deixado a luz acesa, mas eu ainda estava sonolento na hora que desci e não me dei conta de que a maioria das luzes estava. Meu coração começa a palpitar forte quando me dou conta que em cima da minha televisão tem um vaso com flores! Chego a piscar os olhos repentinamente, tentando entender se estou ainda sonhando. O chão parece ter sido recentemente limpo e um aroma delicioso começa a vir da cozinha.

Me levanto com cuidado e meus passos são bem vagarosos. À medida que caminho, consigo identificar mais coisas que não deveriam estar ali: tapetes pelos corredores, mais flores em alguns móveis e até uma cortina improvisada na parede de um dos quartos do andar debaixo que estava com a porta aberta.

Definitivamente, não posso mais estar sonhando, tenho essa certeza quando toco algumas margaridas postas no vaso que está no corredor. Talvez eu esteja tendo alucinações, já li que alucinações parecem bem reais. Coloco minha cabeça com cuidado na porta da cozinha e quase que meu coração para de vez. Minha prisioneira estava com um avental amarrado na cintura e umas quatro panelas no fogão. Milhões de pensamentos passaram por minha cabeça em uma fração de segundos, desde que talvez eu já a tenha matado e ela seja uma assombração, até que finalmente fui apanhado e ela seria uma agente ultrassecreta enviada para me fazer pagar pelos meus crimes.

— Boa noite! — Ela se vira para mim com o mesmo sorriso de sempre.

   Sinto meu corpo tremer à medida que ela se aproxima de mim e depois recua ainda sorrindo.

— Desculpe, quase me esqueço que não gosta de ser tocado. Estou cuidando da nossa casa enquanto você dormia. Conseguiu descansar? Eu estou terminando o jantar! Espero que não tenha alergia a flores, eu colhi algumas há uns cinco minutos daqui próximo ao riacho.

A maluca continuava falando uma coisa atrás da outra sem que eu conseguisse ter nem mesmo voz para responder. Ela colocou algumas travessas sobre a mesa e fez sinal para que eu me sentasse. Eu mal tinha forças de dar o primeiro passo.

— Como você saiu do quarto? — Foi a única coisa que consegui pronunciar ainda grudado na entrada da cozinha.

Ela levantou as sobrancelhas de uma maneira curiosa como se não entendesse bem a pergunta. Então me disse que a outra chave estava pelo lado de dentro. Eu não conseguia acreditar no absurdo que eu estava vivendo! A garota teve a chance de fugir, me denunciar, até mesmo me matar e, no entanto, tudo que ela fez foi arrumar minha casa e cozinhar para mim!A maluca continuava falando uma coisa atrás da outra sem eu conseguir ter nem mesmo voz para responder. Ela colocou algumas travessas sobre a mesa e fez sinal para que eu me sentasse. Eu mal tinha forças de dar o primeiro passo.

— Como você saiu do quarto? — Foi a única coisa que consegui pronunciar ainda grudado na entrada da cozinha.

Ela levantou as sobrancelhas de uma maneira curiosa como se não entendesse bem a pergunta. Então me disse que a outra chave estava pelo lado de dentro. Eu não conseguia acreditar no absurdo que eu estava vivendo! A garota teve a chance de fugir, me denunciar, até mesmo me matar e, tudo que ela fez foi arrumar minha casa e cozinhar para mim!

   — Por que não fugiu? — Perguntei enquanto arrastava meus pés em direção à mesa. Eu me sentia acabado.

— Fugir? Por que eu faria algo assim? Você fala como se eu fosse uma prisioneira.

Levo a mão no rosto e cubro meus olhos, mesmo estando de máscara. Eu nunca imaginei que encontraria alguém como ela. Talvez ela tivesse alguma deficiência mental, tinha que ter!

— Meu nome é Diana, acho que não nos apresentamos formalmente ainda. — Ela fala com um sorriso e me estende a mão.

— Jeff — respondo bem desanimado.

Me sentia tão miserável que só Deus, se é que existe um, poderia me responder por que diabos eu estendi minha mão para ela, como se isso fosse algo natural. Um simples aperto de mão, coisa que nunca fiz na vida! E ela a segurou rapidamente, pude sentir seu calor, mas depois como se estivesse se lembrando que eu era "autista" sorriu constrangida e recolheu a mão rapidamente.

Diana, segundo a mitologia era a deusa da caça. Mas que ironia! Provavelmente ela que iria me caçar daqui em diante, se é que eu já não era seu prisioneiro.

— Se não gostar de alguma coisa, posso fazer algo diferente. Eu encontrei bastante comida em seu armário.

Jantamos em silêncio. Sinceramente eu não tinha mais assunto e torcia mentalmente que ela tivesse colocado veneno em minha comida, era bem mais fácil morrer do que ter que lidar com ela e com tudo que ela me fazia sentir.

— Foi queimadura? — Ela perguntou depois de um tempo.

Levanto os olhos para ela sem a ter a menor ideia do que ela esteja falando.

— Seu rosto. — Ela fala apontando para minha máscara.

Devo ser o pior assassino em série que existe, mas naquele momento a única vontade que eu tinha era de chorar.

O que me mais me atraia nela era sem dúvidas a maneira que ela se portava, mesmo quando eu não respondia, ela não insistia. Também não tinha medo de mim. Estávamos agora assistindo televisão, ela em um sofá e eu em outro. Não tentou mais me tocar e eu era bem grato por isso. Me arrependi de ter dormido o dia todo, tudo que eu precisava agora era dormir e esquecer o que vivi nos últimos minutos.

Decidi que era hora de sair para mais uma caçada. Embora tenha cometido a loucura de deixar uma chave do lado de dentro de seu quarto, as chaves do meu quarto de observação, assim como a câmera gelada onde eu montava meus corpos, eu sempre trazia comigo.

Comuniquei que iria sair, ela não pediu para ir junto, ainda bem! Não me preocupei em mantê-la trancada. Essa idiota não iria embora nem mesmo se eu mandasse. A deixei esticada no sofá e bati a porta, entrei em meu carro e ganhei a estrada rumo ao desconhecido, ainda tentando acreditar como minha vida tinha mudado daquela maneira.

 A deixei esticada no sofá e bati a porta, entrei em meu carro e ganhei a estrada rumo ao desconhecido, ainda tentando acreditar como minha vida tinha mudado daquela maneira

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Na mitologia romana,Diana era uma deusa virgem. Era a divindade daLua, da caça e protetora da natureza, dos animais, das mulheres e das meninas. Conforme os mitosromanos, Diana era filha de Júpiter (deus do dia) e Latona (deusa doanoitecer). Diana era a correspondente da deusa Ártemis da mitologia grega.

Com amor, Jeff the KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora