Capítulo 14

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Não é à toa que dizem que mulher é pior que o diabo. Sinceramente, acho que nunca serei preso pelos meus crimes e sim pagarei todos os meus pecados com essa marrenta!

O idiota aqui saiu para comprar todos os apetrechos para fazer a droga do bolo de chocolate. Tem noção de como é difícil sair para fazer compras de máscara? Então, uso o capuz que cobre parcialmente meu rosto, tornando a situação ainda pior. Geralmente desperto mais atenção e acham que sou assaltante ou qualquer coisa do tipo.

Geralmente faço compras pela internet e pago com cartão de crédito, assim evito circular por estabelecimentos e, mais fácil ainda, recebo as compras com o aviso que deixo para deixarem em frente à casa, nada que uma gorjeta a mais não desperte a atenção. Tem funcionado bem por anos. Mas como eu tinha que fazer a droga do bolo para aquela estúpida, lá fui eu fazer compras.

Após receber um monte de olhares de gente cretina e ainda por cima um moleque estúpido perguntar se eu era parente do conde Drácula. Se o pirralho não tivesse aparentemente uns seis anos, eu não me importaria de cortá-lo em pedacinhos. Sorte daquele idiota em miniatura, arrastado logo pela mãe!

Bom, cheguei em casa depois de todo esse infortúnio e a Diana continuava trancada em seu quarto. Fiz a porcaria do bolo e, modéstia à parte, ficou bem bonito. Pensei em experimentar para saber se ficaria do seu gosto, mas não queria estragar a forma.

Esperei a tarde toda a idiota descer e nada, sabia que uma hora ela teria que sair do quarto, teria que ter fome, a menos que estivesse tentando fazer greve ou sei lá o que.

Deitei-me na sala e fiquei esperando, esperei tanto que até adormeci, mas acho que programei minha mente para despertar quando ouvisse qualquer sinal dela.

E assim aconteceu: cerca de dez horas da noite, escutei barulho de copos. Levantei sem fazer ruído e fui nas pontas dos pés espiar a cozinha, ela estava lavando louça, terminando, na verdade, minha mente demorou a me acordar!

Ela se virou para mim e voltou a encarar a pia, secando-a. O bolo continuava intacto sobre a mesa.

— Fiz um bolo para você. — Eu disse me odiando por não conseguir ter raiva dela.

Ela voltou seus olhos para mim e girou o corpo em minha direção, cruzou os braços em frente ao peito, ainda sem olhar para o bolo.

— Você tem algo a mais para me dizer? — Ela perguntou.

— Não!

Era só o que me faltava, se ela estava pensando que eu iria me desculpar, ela ia morrer esperando.

— Certo!

Disse isso e deu meia volta, me deixou parado na porta feito um idiota, passou por mim e subiu novamente ao seu quarto sem olhar para trás.

Isso era inacreditável. Quem ela pensa que é para achar-se no direito de me ignorar? Eu estava furioso!

Abri a porta com tanta força que bateu fazendo um grande estalo na parede, ela chegou a saltar de susto quando entrei, mas logo assumiu a expressão fechada de quem estava com raiva de mim.

— Você, para de frescura! Sabe quem eu sou?

— Sei! Um frustrado se achando no direito de magoar os outros porque tem uma cicatriz idiota na cara! — Ela berrou. — Você se acha, não é? — disse se aproximando de mim.

Isso me fez recuar, eu sei lá o que essa maluca ia fazer comigo, tive a impressão que ela iria me bater. Mais que fiasco de assassino QUE sou, mato pessoas a sangue-frio e tenho medo de uma magricela que o máximo que poderia fazer era me dar uns tapinhas. Logo me lembrei que foi ela quem matou a garota, automaticamente olhei em volta para ver se ela não estava com o taco de beisebol, vai saber né?

Mas ela parou no meio do caminho, olhou em meus olhos e tirou a blusa!

Se eu achava que essa doida já tinha me surpreendido o suficiente... eu não estava preparado para aquilo!

 eu não estava preparado para aquilo!

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Com amor, Jeff the KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora