Capítulo 26

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(CINCO ANOS ANTES)

Não é maravilhoso o mundo online? Acho fantástico como a maioria das pessoas usa a internet sem o menor cuidado, a maioria acredita estar vivendo em um mundo cor de rosa. E isso me faz ficar extremamente feliz.

Depois que matei meus pais e larguei a porcaria da escola, eu passei a observar cada passo daqueles imbecis que me humilharam tanto e me fizeram sofrer.

Tínhamos um grupo em um desses aplicativos de chat e ainda um grupo em uma rede social. Eu era tão insignificante para todos eles que nunca ninguém me digeriu a palavra ou mesmo notou meu número associado em um desses locais.

Foi aí que tive a brilhante ideia de ir pegando uma por uma, cada uma das garotas que um dia tinham me feito algo. Os garotos também, mas com eles se dificultava, uma vez que sempre se reuniam em locais públicos ou abertos. Mas a silvinha...

A silvinha era uma loirinha aguada que se achava a garota mais linda da escola, vivia desfilando suas roupinhas importadas e destratando todo mundo. Inclusive eu a vi uma vez virar de propósito um copo de iogurte no chão somente para fazer a faxineira limpar. Não que eu me importasse com a faxineira, mas achei muito prepotente da parte dela achar que poderia humilhar alguém por se achar superior. Nesse caso, ela usava a condição financeira, e em breve eu mostraria a ela ser superior na força física, assim como na inteligência.

Ela e mais quatro vagabundas estavam falando no chat sobre um "sleep over", ou seja, uma vaca abre a casa e as outras vão para lá para dormir. Eu já tinha até perdido as esperanças, pois vadias desse tipo não só abrem a casa como as pernas para os meninos que também aparecem por lá. Principalmente após ler que os pais delas estariam indo viajar e que ela iria dispensar a empregada para uma festa particular.

Eu estava quase fechando o chat e pronto para sair para uma caçada quando um dos caras que jogava no time da escola perguntou se ele estava convidado. E então meu coração disparou. Ela disse que dessa vez todos os meninos seriam vedados, era uma reunião somente de garotas para uma coreografia sei lá do que. Geralmente quando tinha festa no colégio o grupo enjoado dela era que ficava responsável pela organização.

Eu podia sentir a energia em euforia, o sangue agitado nas veias. Cinco vadias sozinhas à noite esperando por mim. Essa seria uma noite gloriosa! Eu me senti ganhando sozinho na mega da virada! Eu não sei o que sabiam sobre mim ou mesmo se deram falta de eu ter saído da escola. Claro que tudo que fiz para que meus pais morressem foi feito como um perfeito profissional que sou. Então, não tive o azar de ir parar em um reformatório ou qualquer coisa do tipo. Meu avô ficou com a minha guarda até eu completar a maioridade, ele morreu antes disso...

Juro que não fui eu quem o matou (risos). Não, eu estou falando sério, pode se dizer que sou um assassino profissional de princípios. Eu não teria por que matá-lo, ele sempre me tratou bem e eu desde sempre mato apenas pessoas de certa forma inúteis para a sociedade. Como prostitutas (que deveriam estar em casa cuidando dos filhos) ou moleques de rua que ficam assaltando e aterrorizando pessoas de bem.

Não me sinto um justiceiro, porque se eu cismar com a cara de alguém, eu simplesmente matarei e pronto, mas, tipo, eu não matarei uma criança, não matarei uma vozinha só porque ela demora para atravessar a rua, entende?

Bem, eu não sei se consigo explicar muito bem meus princípios, mas a verdade é que eu pouco me importo com o que você pensa. Tenho um ódio crescente dentro de mim e preciso colocar para fora essa energia ou acabará me matando. Se eu tiver que escolher, entre mim e alguém, morrer. É óbvia minha escolha, não?

Voltando à história, na escola em que estudei, por certo me achava estranho e me isolavam de certa forma, mas em momento nenhum chegaram a cogitar que eu fosse um assassino e menos ainda que estava naquele momento os observando para tirar mais vítimas.

Eu tinha tudo planejado em minha mente, só precisava colocar em prática...

E eu iria colocar.

Se eu soubesse no que tudo isso ia dar, se eu pudesse voltar no tempo e apagar o que fiz. Se eu pudesse prever que o que fiz no passado pudesse voltar para me assombrar anos depois e principalmente fazer Diana pagar pelos meus erros, eu jamais teria ido até lá, mesmo sabendo o mal que todas essas vadias me fizeram... 


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Com amor, Jeff the KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora