Limerância

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Hola nenes, como estão?

Nada mais do que dizer que espero que apreciem o capítulo de hoje, agradecer mais ainda pela atenção de vocês e já desejar um ótimo final de semana.

Ah, eu fiz uma playlist para a fic. Com músicas que estão nos capítulos anteriores, que estarão nos próximos e outras que simplesmente tem seus versos combinando com todo o drama. Já deixei em alguns capítulos do começo e agora estou falando aqui para quem gosta de ler com trilha sonora especial, cá está:

https://open.spotify.com/user/12156672862/playlist/3SxEgDSWdB0oQ7kPdR9VpV

Bom, nos vemos. Enjoy \o


...


Limerância (sf.); estado cognitivo e emocional involuntário, no qual uma pessoa sente um imenso desejo romântico para com outra pessoa combinado por uma intensa, avassaladora e obsessiva necessidade de se ter o sentimento correspondido.


Dinah observou Ferrara por alguns segundos, mastigando sua comida com extrema lentidão, apreciando tanto o gosto da massa, quanto à visão que possuía do homem mais belo que já havia visto em sua vida. As luzes com intensidade diminuídas nada faziam a não ser ressaltarem o brilho tão profundo daqueles olhos imensamente tristes e saudosos. Estavam jantando em sua casa e se Dinah estava surpresa com algo, certamente era com a presença real dele em sua sala de jantar.

O terno fora substituído por um conjunto mais esporte de jeans escuro e camisa branca, simples, desprovida da formalidade de uma gravata. Os cabelos, agora secos, tornavam-se mais ainda mais louros através das chamas das altas velas. Serviu-se de um grande gole de vinho, apreciando a música em tom baixo, brasileira, bossa nova. Havia transformado sua sala de jantar em um ambiente agradável e íntimo. Havia cozinhado massa com molhos suaves para acompanharem um bom vinho e uma boa companhia. Havia esperado um Ferrara ausente, recluso, como o de costume após a morte de Camila, mas havia encontrado um homem presente, que lhe distribuía alguns sorrisos e que parecia muito mais atento e pensativo do que o normal.

Afastou seus cabelos de seus olhos, com sua mirada finalmente encontrando a dele.

– Está deliciosa. – Ele elogiou. Dinah engoliu a saliva, escondendo o arrepio em sua pele.

– Sim, esta receita sempre fica divina, deixando a modéstia à parte.

Ferrara sorriu novamente, abaixando seus olhos, mirando seu anel de compromisso.

– A escolha do vinho te agrada?

– Tudo me agrada. – Voltou a mirá-la, limpando seus lábios com o guardanapo de pano. Dinah lhe sorriu, bebendo outro gole de vinho, sentindo mais do que nunca o toque suave da seda que usava contra a sua pele em chamas. Seu vestido era nude, elegante, como todos que usava. A maquiagem lhe aguçava os olhos, e o batom vermelho ressaltava seus lábios sem uma única gota de vulgaridade.

– Tenho que confessar que não tenho uma refeição tão agradável há muito tempo. – Disse com sinceridade, suspirando verdadeiramente satisfeito. – Não posso me lembrar da última refeição que fiz nestes últimos dias. Tudo tem estado fora de órbita.

– Mas nada disso importa agora. Não vamos falar sobre trabalho e nem tampouco sobre perdas. – Ele sorriu, concordando.

– Vamos falar sobre você.

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