Pleasure

Gregos e Troianos

Olá, bbs. Como estão?

Pois hoje não vou enrolar nas notas não. Deliciem-se com o capítulo. \O

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[PLAY – David Usher - Black Black Heart]

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Lauren moveu seus dedos com habilidade, completando os botões inseridos em todas as casas da blusa de seda em tempo recorde, ajeitando de forma familiar o terno feminino de corte fino em um tom de cinza chumbo. Mirou seu rosto recém maquiado, os cabelos secos e perfeitamente penteados e seus olhos se fecharam por longos segundos enquanto absorvia a ideia de que teria que sair daquela fuga tão particular e inesperada.

O gosto de pasta de dente havia tirado de seus lábios o familiar gosto de Camila.

O perfume caro de tão longa data havia substituído, assim como o banho frio que havia tomado, o cheiro dela de sua pele... Não que não pudesse senti-lo, levava aquele cheiro impregnado em seus poros, mas agora encontrava-se disfarçado, recolhido uma vez mais dentro do lugar no qual seu exército o guardava ao lado de todas as lembranças e sensações que ela pudera um dia lhe causar.

Calçou os saltos negros, arrumando-se dentro do banheiro para não a despertar, colocando logo em seguida seu relógio e então um colar clássico sobre o colo alvo. Deslizou para dentro de sua bolsa o celular, checando sua carteira, documentação junto com seu tablet também já guardado ali dentro em um gesto familiar antes de enfim fechá-la e tomá-la em mãos.

Deixou o banheiro, visualizando em meio de uma confusão de roupas e travesseiros sua pasta já arrumada.

O amanhecer livrara o quarto da completa escuridão, permitindo que enxergasse por onde andava enquanto se movia com agilidade, certificando-se de que nenhum documento antes fracassadamente lido houvesse sido esquecido. Relutou em mirá-la, mas sabia que uma hora teria que fazê-lo...

Estava esparramada em sua cama de bruços, com o lençol por pouco não a deixando completamente exposta, o belo monte que poderia intitular de bunda. Seus olhos arderam e aquele velho e insaciável desejo primitivo fez ferver o seu sangue e formigar suas mãos. Deslizou seus olhos por toda aquela beleza esculpida, demorando-se na cintura, franzindo as sobrancelhas ao perceber as marcas avermelhadas de seus próprios dedos na pele clara de suas coxas. Os cabelos castanhos esparramavam-se pelo travesseiro e seu rosto tão belo e sereno ladeado ao travesseiro indicava a profundidade de seu sono.

Bela.

Ouviu ecoar em sua mente, porque de fato, toda ela era bela, extremamente bela.

Certamente não existia beleza tão ímpar quanto de Karla Camila.

E teria que deixá-la... Não definitivamente, é óbvio, seus planos eram voltar antes da madrugada, mas por agora teria que deixá-la, perdendo o prazer de ter aquele corpo sobre o seu nas primeiras horas da manhã, perdendo a sensação agonizante e arrebatá-la e arrebatar a si mesma em uma lasciva sessão de sexo incomparável e inigualável. Iria acordá-la com beijos... Beijos por seu corpo, molhando-a novamente. Iria ver a nova forma como ela sorria, reconhecendo-a, permitindo-se abraçá-la antes que a recebesse em seu corpo, abrindo os olhos só depois de senti-la com toda a sua alma, com toda a mulher que ela era.