Pleasure

Helena de Troia

Olá bbs! Como estão?

O capítulo de hoje eu dedico a miga @gikordei, a maior Pleasure nizer que se tem notícia. Hoje é aniversário da Gi, se alguém não sabia, agora pode dar os parabéns pra ela (cobrar atualização de Águas de Março e protestar contra o fim). Gi, te adoro muito, obrigada por todo o apoio que você dedica a Pleasure, que o universo te abençoe e minha ~suposta~ mamãe Yemanjá também, axé pra você!

E todo mundo se prepara pro capítulo de hoje (quero só ver as opiniões sobre o Ferrara hehe)

Nos vemos no final.

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[PLAY – E.S. Posthumus - Selisona Pi]

https://open.spotify.com/track/7dCTtdTZFVtlcgTxZQqOvM

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"Helena de Troia. Não mais de Esparta; não mais da Grécia. De Troia." - Francesca Petrizzo.

– Você não teria feito isso. – Lamentou Ferrara. Seus cabelos lhe caíam na cara que de pálida passava a avermelhada. Há alguns metros de distância os joelhos dele cederam, fazendo-o despencar na areia. – Por todo o amor que um dia sentiu por mim, você não seria capaz de me fazer isso. – Cobriu seus olhos arregalados e paralisados com uma mão, tremendo de forma assustadora. – Não... Isso não real. Isso não é real, isso não é real, isso... Não pode ser real, não deveria ser real.

– Ferrara... – Lauren afastou Camila, deixando-a se erguer e então se erguendo.

– O que foi que você fez, Lauren? – Afrouxou sua gravata com descuido, sufocando com a náusea, olhando-a, mas não a vendo verdadeiramente. – Camila? Meu Deus, eu... – Seus olhos se fecharam. Suas mãos se apoiaram nos joelhos que lhe sustentavam. Tudo girava. – O que você está... Eu não... – Mirou-a com horror, negando com a cabeça conforme as palavras também eram tragadas pelo buraco enorme em sua alma. – Querida...

Lauren mirou a latina, incapaz de notar qualquer alteração naquela face.

A mesma expressão... A morena levava no rosto exatamente a mesma expressão de quando ela havia a encontrado naquele salão de refeições.

– Você precisa sair daqui. – A latina assentiu, mirando novamente o homem ajoelhado à sua frente, provavelmente em estado de choque. – Eu posso cuidar dele.

– Faça isso. – Assentiu com a cabeça, com o gigantesco nó em sua garganta ameaçando sufocá-la. Sentia-se morrer. A figura de Ferrara despertava nela aquela agonia tão imensa que automaticamente se pôs a mover, estremecendo conforme ouvia-o gritando seu nome.

Eu não sou a sua Camila, querido.

Ouviu a si mesma murmurar, sufocando-se em lágrimas.

Não se voltou para trás por nenhum um único instante. Manteve seus passos firmes, rápidos, calculados. Atravessou a recepção do hotel lembrando-se de que muitas pessoas agora estariam observando-a. Precisava trabalhar. O choque e a imagem de Ferrara ajoelhado à areia fizeram com que a doce e pobre Elena surgisse com facilidade assustadora. Passou por Robert, mostrando-se abalada, assustada e também surpresa. Cumprimentou-o com um educado e quase inaudível boa noite, caminhando ao quarto que dividia com Ariana, encontrando-a sentada à beirada da cama, tão pálida como Ferrara, com seus olhos abertos e surpresos evidenciando que ela não sabia... Que ela não sabia de nada.