Pleasure

Afrodite

           

OLAAAAAAAAAAAAAAAR! Quanto tempo, hein bbs. Como estão?

Tomara mesmo que estejam preparados para o capítulo, não vou me estender, porque sei que estão em uma espera ansiosa e torturante pra ler o capítulo.

Ps.: Eu tinha que falar algo nessas notas, mas minha memória é uma escrota, ela sempre me deixa na mão, by the way, fica para a próxima.

Ps.: Esse capítulo também tem uma música especial e eu recomendo, como sempre, que a escutem. Ela já está na nossa playlist do spotify.

Nos vemos \o

...

Afrodite (s.f); do grego Aphrodítē, é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na antiga religião grega. Era ela quem presidia os prazeres do amor, mãe dos Amores, das Paixões, das Graças, dos Jogos e dos Risos. Responsável pela perpetuação da vida, prazer e alegria.

– Eu o quê? – A latina perguntou incrédula.

– Case-se comigo. – Lauren repetiu. – Minha mulher, minha esposa. Case-se comigo.

Ela permaneceu muda. Absolutamente imóvel.

Antes que qualquer pergunta se passasse por sua cabeça, Camila viu a si mesma deslizando seus olhos do anel de diamante, diretamente para os olhos de Lauren. Enquanto sua expressão se transformava, deixando a surpresa e a incredulidade de lado, sentiu-se perdidamente envolvida pelo brilho que os olhos dela traziam. Talvez fosse a noite descaradamente maravilhosa. Talvez fosse o mar, que excitado, quebrava suas ondas em uma melodia singular muito mais antiga do que qualquer outra... Ou talvez fosse ela. Todo o magnetismo do ambiente desapareceu de seu campo de visão. Mirou-a de alma, enxergando-a de coração, encontrando aquela energia em trânsito que sempre havia fluído entre seus corpos desde o primeiro instante. Perdeu-se no tempo. Perdeu-se no mergulho dentro de uma mulher que talvez, jamais fosse realmente ser sua. Encontrou o poder, o mistério, o perigo, segurando-se sempre na superfície pouco firme dos sentimentos, esquecendo-se de si mesma, de suas verdades e de suas vontades.

Voltou a si. Seus lábios se fechando, seus olhos piscando diversas vezes, encontrando um foco. Voltou a enxergá-la e automaticamente sentiu as lágrimas invadindo-a... Sem controle viu-se saturada delas. Um suspiro impediu a manifestação de um soluço. Respirou profundamente, desviando seus olhos para a beleza do mar, sentindo-se tão ferida como jamais havia estado em sua vida. Seus lábios sorriram, mas o sorriso não alcançou seus olhos e conhecedora daquela expressão, Lauren depositou a caixa do anel sobre a tolha de linho branco.

Camila voltou a mirá-la, respirando entrecortada, contendo visivelmente as lágrimas. Mordeu seu lábio inferior, dando um passo para trás quando Lauren fez menção em aproximar-se. Estava de costas para a plateia. Poderia dizer o que se passava por sua cabeça sem que ambas jogassem ao lixo toda aquela cena mentirosa e perfeitamente construída.

– Isso não era necessário. – seus lábios murmuraram, e engoliu o choro, sufocada. – Isso realmente... – A latina deixou de falar, mirando suas mãos trêmulas, segurando-se no encosto da cadeira na qual agora já deveria estar sentada, maravilhada por ser pedida em casamento por ninguém mais do que a deusa poderosa Lauren Jauregui. Lutou e perdeu. Um baixo soluço explodiu por sua garganta e foi obrigada a cobrir seus lábios com as costas da mão. – Pelo amor de Deus, Lauren. Isso não... Eu não... Você... – Lauren se aproximou, deslizando suas mãos pelos braços de Camila, tocando sua pele superficialmente, embriagando-a com o seu perfume e o seu olhar, arrepiando-a com a intimidade de seu toque, com o reconhecimento de seus corpos. Envolveu-a pela cintura, trazendo-a para o contato quente e enlouquecedor de sua pele. Segurou seu queixo, erguendo seu rosto com delicadeza para que seus olhos pudessem se encontrar. As lágrimas dos olhos dela escolheram aquele momento para desabarem. – Você é boa! – Assentiu com a cabeça, sorrindo com desprazer. – Oh, Meu Deus, eu havia me esquecido que você é boa nisto, que você é realmente muito, muito boa em todas essas coisas de... – Lauren limpou suas lágrimas, aproximando-a ainda mais, sustentando-a até que deixasse de tremer, até que pudesse sustentar-se novamente por si própria. – Você não poderia ter feito isso... – Negou com a cabeça, deixando de sorrir. – Não precisava ter feito isso, Lauren.