A Isca

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Primeiramente: FORA TEMER.

Segundamente: I GUESS... CAMILA FERRARA IS BACK.

As informações acima dispensam qualquer nota inicial, então desfrutem do ~tombo~ capítulo, e quem puder, acho essencial que escute a música indicada em uma cena. (Ps.: ela já esta adicionada na playlist da fic, a qual o link se encontra bem na descrição do meu perfil)

Pois então, nos vemos, enjoy! \o


...


– Você disse que viria à noite. – Comentou Lauren, desgostosa – O que diabos está fazendo aqui neste horário?

– É fim de semana, as coisas se amenizaram na Companhia, e você passou dois dias apenas fisicamente sentada naquela cadeira. – Respondeu Ferrara com calculada firmeza na voz – Eu presumi que algo havia acontecido, e talvez... Pelo clima que encontrei quando cheguei, eu estivesse certo.

Lauren bufou, dando as costas para Ferrara uma vez mais. Não queria outra maçante discussão. Queria falar com Camila, fazer planos com Camila. Os planos para ficarem juntas não era mais uma hipótese, um meio de chantagem ou de negociação. Era real. Elas estavam envolvidas até o pescoço. Elas estavam e Lauren achava ótimo assim.

– Eu disse que estaria atento e eu estou. A única condição que estabeleci para o meu silêncio foi a de que você me mantivesse informado sobre o que acontecia. Mas pelo o que eu percebo aqui, muito mais do que você me contou aconteceu ou vem acontecendo.

– Agora seriamente não é hora para esta discussão. – Passou as mãos sobre os cabelos, suspirando sonoramente. – As coisas estão como deveriam estar. Eu tenho o controle sobre esta situação. – Virou-se novamente, mirando Ferrara com determinação.

– Eu te conheço desde que éramos dois universitários inexperientes e você não passava de uma menina acanhada... Posso garantir-lhe que você não me parece estar no controle de situação alguma. O que está acontecendo, Lauren? O que você descobriu nos últimos dias? Pelo amor de Deus, eu tenho o direito de saber!

Eu não descobri nada! – Ferrara afrouxou a gravata que levava no pescoço, abrindo os botões do paletó ao dar-se conta do real calor daquela manhã. – Esse é o real motivo da minha irritação... Não descobrir nada! – Mentiu, tratando de parecer o mais convincente possível. – Esta mulher é um poço de segredos e mistérios! Não consigo arrancar nada dela, nenhuma única maldita verdade, nenhuma droga de confissão. Já investiguei sua vida desde o dia de seu nascimento e não encontro nenhuma brecha, nenhuma falha, nada, exatamente nada! Não há ligações telefônicas para outra pessoa, não há troca de e-mails, ela não tem nenhum contato, não fala com outras pessoas! Seu ciclo de amizades se resume a uma amiga de longa data que não sabe nada além do que eu sei!

Ferrara sentou-se na cadeira ao lado da mesa ainda posta do café inacabado. Sua expressão era séria, o rosto antes corado começando a ficar pálido.

– Talvez seja hora de deixarmos a polícia investigar esse assunto. – Ponderou Ferrara

– Se isso vir a público será um escândalo! Tony, raciocine, temos compromissos, temos contratos a honrar, uma imagem absolutamente ligada a Companhia, as consequências disso vir a público serão absurdas... Esta mulher DEVERIA estar morta!

Mas ela não está. – Ergueu-se de uma só vez, encarando Lauren face à face. – PELO AMOR DE DEUS, ELA NÃO ESTÁ! Ela está viva, está corada, e não se recorda de um período inteiro de sua vida! Nós sabemos que é ela, Lauren, você sabe que é ela. Nada de histórias mirabolantes! Nada de gêmeas idênticas separadas por um destino malvado. Esta mulher é a minha esposa... Bem... – deixou a frase morrer no ar.

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