ღ Segredos de Avó ღ

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Dias Antes Do Contrato...

Lilian Steele

Hoje foi mais um dia como os outros, fora o que tenho sentido nos últimos dias, essa certeza que tudo para mim acabará logo, mas isso é o que acontece quando você chega a minha idade; você simplesmente sabe que uma hora irá morrer. Eu não me sinto triste por isso, sei que fiz tudo o que tinha que fazer, mas há algumas coisas ainda.

Ponho minha pequena bisneta no berço, foi difícil fazer essa menina dormir, mas eu tenho meus truques.

—Vovó?

Viro-me e sorrio ao ver Maria parada na porta.

—Olá, querida, entre. —Sussurro e ela se aproxima, ela sorri e senta sobre a cama. Olho para ela e balanço cabeça. —Sua mãe iria adorar ouvir você.

—Vovó. —Maria diz rindo. —A mamãe... não fala sobre o papai, você sim, ela nunca toca no nome dele.

—Eu sei, querida, mas você acha que já não é hora de falar? Você já tem seis anos.

—Eu vou falar... —Maria diz insegura.

Anastásia não sabe que nós temos conversado, eu nunca contei também, há alguns segredos entre avó e neta que não e devem ser quebrados. 

—Quando você irá falar?

—Eu não sei. Eu estou falando agora. —Maria murmura.

—Com a sua mãe. —Murmuro e ela ri.

—Vovó... você acha que meu pai virá aqui de novo. Eu acho que a mamãe sabe que eu o reconheci. —Maria murmura deitando-se. —Ela sabia que o cartão dele estava comigo.

—Sua mãe te conhece. —Digo enquanto ajeito algumas roupinhas de Lana.

—Mas será que ela sabe que eu ouvi tudo que o papai disse? —Maria sussurra recebendo seu gato em seus braços.

—Eu também ouvi. —Murmuro e ela sorri.

—Bisavó, eu acho que a mamãe não vai aceitar. —Maria diz encarando pop. —Mas, o papai foi cruel. Por que ele simplesmente não disse que a queria de volta?

—Querida, você sabe que seu pai não reconheceu a sua mãe, ou você.

—Eu sei, ele pensa que nós estamos mortas. —Maria diz suspirando. —Vovó, o que nós vamos fazer?

—Você acha que deveríamos fazer algo?

—Sim, é claro que sim! —Maria diz como se fosse óbvio. —É a única chance de o papai saber que nós estamos vivas, e tem a Lana, ela precisa de um pai.

—Você acha que o Christian, esse Christian que veio aqui, propôs algo horrível para a sua mãe, pode ser pai da Lana?

—Ela não é filha dele, mas ele pode gostar dela.

—Querida, isso não seria justo com a Ana, ela iria sofrer.

—Não, não é justo com ninguém. Mas o papai é uma boa pessoa, eu sei disso, eu sei que ele vai reconhecer a mamãe, e vai me reconhecer.

—Maria, você tem que me prometer algo, então. —Sussurro encarando-a. —Se eu aceitar isso você vai falar, na primeira oportunidade que você tiver, você vai falar com a sua mãe. Vai dizer que a ama.

—Tudo bem, vovó. —Maria murmura.

—Eu ainda não acho que seja certo, mas eu não quero que sua mãe sofra mais, e talvez... talvez você tenha razão. Fique aqui, eu volto em um minuto.

Amor Por AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora