ღ Visita Inesperada ღ

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Anastásia Steele

Novamente sou acordada por gritos, gritos e gostosas gargalhadas, e também há passos em frente à porta do meu quarto. Levanto-me sorrindo e vejo que até mesmo Katherine já levantou, e olha que hoje ainda é sábado. Levanto-me preguiçosamente e me troque, deixo meus cabelos soltos mesmo, eu tive que cortá-los na semana passada, graças a pequena Lana que não podia vê-los e queria arrancá-los.

Saio do quarto e corro para o banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto, depois vou atrás das crianças e da minha avó. Quando já estou descendo as escadas vejo Maria abaixando para pegar Pop. Ela ama esse gato, e eu até imagino que seja por causa que ele era do papai dela. Nossa última lembrança.

Maria me olha e sorri enquanto dá um cheirinho em Pop. Termino de descer as escadas e me aproximo dela abaixando em sua frente. Ela sorri e encosta seu nariz no meu dando-me um cheirinho.

—Dormiu bem? —Pergunto e ela balança a cabeça sorrindo.

Maria infelizmente não fala desde seus dois anos, eu não consigo entender o porquê disso, mas ela simplesmente se fechou para todas as coisas, menos pintar e cuidar de Pop, é o que ela adora fazer, quando não está tomando conta de Lana. Lana tem sete meses, e Maria tem cinco anos, e ainda há Emma, Lulu e Sophie.

Acaricio os cabelos de Maria e vou até a sala, onde todas as meninas estão, elas se viram e me olham sorrindo.

—Bom dia. —Murmuro e elas repetem em coro.

—Bom dia, Ana. —O coro grita, e grita muito, e depois gargalha.

—Danadinhas. Alguém viu a Lana? —Pergunto preocupada.

—A vovó está com ela. —Emma diz sorrindo.

—A vovó se levantou hoje? —Pergunto surpresa.

—Sim, e ela fez um ótimo bolo. —Lulu diz toda suja de calda de chocolate.

—Eu estou vendo, danadinha. —Digo sorrindo.

Corro até a cozinha e sorrio amplamente ao ver minha avó dando sopa para Lana que está sentadinha na sua cadeira. A pequena ri amplamente para mim enquanto tenta gungunar meu nome.

—Vovó, como a senhora está? —Pergunto dando um beijo na minha avó.

—Ah, muito bem, querida, eu estou me sentindo ótima. —Vovó diz e isso me deixa tão feliz.

Ela esteve tão mal nos últimos dias. Eu tive que passar horas extras na loja dos Clayton para comprar seus remédios, sem contar que infelizmente eu tive que trancar a faculdade, apenas para estar aqui com elas e as meninas. Eu realmente pensei que ela... que ela fosse... bom, deixa para lá. Ela está melhor agora.

—E você, Lana? Como está baixinha? —Pergunto e ela sorri.

—Ela está ótima, e adorou a sopa.

—Que bom... —Sussurro. —Eu queria tanto que a mamãe e o papai estivessem aqui para vê-la, ela está enorme.

—Eles iriam adorar, querida, eu tenho certeza.

Abro minha boca para puxar outro assunto, mais agradável, é claro! Mas sou impedida pela campainha que toca, e por saber que é Maria quem está perto da porta, tenho que correr para lá. Passo pela sala e fico mais aliviada ao ver Maria com as irmãs enquanto brinca com Pop, mas é claro que todas estão olhando para a porta. Nós realmente não recebemos visitas, não quando há seis crianças espoletas na casa.

Abro a porta e me deparo com alguém do outro lado que eu não imaginaria nunca. Meu coração dispara com sua presença, mas... ele tem um olhar frio e duro e apenas me encara. É claro. Ele nem deve saber que eu sou, é apenas o homem que foi rude comigo quando eu estava tentando agradecê-lo, e por que diabos ele está aqui?

Amor Por AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora