ღ Emoções Misturadas ღ

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Anastásia Steele

Alguns Dias Depois...

Por algum motivo que eu ainda não entendi, Christian mudou radicalmente. É claro, ainda há aqueles dias de 'mande essas crianças ficarem quietas', 'Anastásia não me coloque apelidos', 'Anastásia não ri', 'Sophie, não jogue bola', 'Calem a boca! ', e depois de alguns minutos, normalmente quando Maria chega, tudo soa como 'Sophie, você quer ir no campo amanhã? ', 'Anastásia sua comida está ótima'.

Acho que estou começando a entender como funciona a mente dele... na verdade não! Eu nunca vou entender ele. Acabo sorrindo no fim, eu não quero entende-lo, ele é bem legal assim. Continuo meu caminho pela escada, pegando algumas roupas, que Fifi, a nova cachorrinha de Maria, espalhou. Essa cachorra é maluca, só pode. Deixa Christian descobrir que ela pega meias dele e esconde por aí. Chego ao andar de cima e continuo pegando roupas e pondo no cesto, mas algo me faz parar. Alguém está cantando, mas é estranho, eu não reconheço essa voz. Eu conheço bem as vozes das minhas irmãs, de Mia também.

Mas... não... não poderia ser. Aproximo-me da porta de Maria e o som vai ficando mais alto. Paro na porta, sem conseguir respirar direito. É Maria, ela está cantando. Minha filha está cantando! Minha menininha está cantando, e sua voz é absurdamente linda. É calma como a de um anjo. Me dou conta do como senti sua voz, a última vez que a escutei ela só tinha dois anos, e agora ela está cantando. Minha Maria.

Abro a porta e ela para rapidamente, depois de um solavanco ela me olha rindo, com a mão no peito.

—Maria, você estava cantando? —Pergunto e ela me olha rindo, balançando a cabeça, negando. —Estava sim, filha, eu ouvi.

Maria me olha rindo e balança a cabeça, ela me dá as costas e continua pintando em seu cavalete. É uma imagem de Elliot agora. Mas eu sei bem que ela está tentando mudar de assunto. Coloco o cesto de lado e me aproximo, sou atacada no meio do caminho, por Fifi, e Maria aproveita o momento para sair correndo do quarto.

Ah, que garota danadinha!

Empurro Fifi com o pé e ela sai rolando pelo chão.

—Maluca! —Exclamo e ela ri. Saio do quarto balançando a cabeça e vejo Maria descendo as escadas. —Maria, volta aqui.

Chego ao topo da escada bem a tempo de ver Christian entrar e Maria pular em seus braços. Reviro os olhos e suspiro, desço as escadas e tenho que aturar a cena de Christian enchendo-a de beijos enquanto ela gargalha. Para ele Maria gargalha, claro! Agora eu que eu sou a mãe, ela foge!

—A conversa não acabou ainda, mocinha. —Murmuro semicerrando os olhos e Maria ri escondendo o rosto na curva do pescoço de Christian.

—Que conversa? —Christian pergunta curioso.

—A Maria estava cantando. —Digo cruzando os braços e Christian me olha boquiaberto. —Mas ela não quer assumir.

—Você estava cantando, bebê? —Christian pergunta e Maria nega.

—Melosos! —Murmuro revirando os olhos. —Maria, guarde as roupas depois, todas que aquela cachorra maluca espalhou pelas casas.

—Não fale assim. —Christian murmura defendendo Maria.

Bufo e sigo para a mesa do jantar, para pôr os pratos.

—Já que você gosta tanto dela, vai juntar as roupas! —Grito e posso ouvir os dois rindo. Balanço a cabeça e começo a arrumar as coisas para o jantar.

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Christian Grey

Levanto-me com uma pequena correria pela casa, mas isso não costuma me incomodar tanto, não como antes. Quando olho para o lado, minha doce Maria está aqui, dormindo tranquilamente com Fifi, se fosse outros dias, eu juro que expulsaria as duas, principalmente a cachorra, mas... elas são parte de mim agora.

Amor Por AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora