PRÉVIA DO PRÓXIMO CAPÍTULO.

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Arthur Ribeiro.

Entro no elevador e quando as portas se fecham começo a chorar. Posso me arrepender do que eu acabei de fazer, mas não é isso que eu quero pra mim.

Viver cercado de mentiras, perigo e correndo risco de morte definitivamente não estava em meus planos.

Sinto meu celular vibrando. Vejo que é uma chamada de um numero desconhecido, algo me diz que não é o Maurício, por isso decido atender.

- Alô?

- Tio Aithur.- meu coração acelera.

- Miguel? Miguel.-grito.- Miguel, onde você está? Por favor responde, por favor.

- Ai que dor.- ele diz. Está sentindo dor. O que fizeram com ele.

- Miguel? O que fizeram com você?- começo a chorar mais ainda.

A porta do elevador se abre de frente para o hall, saio e dobro a direito em busca de um banheiro. Entro no primeiro que encontro.

- Miguel meu amor, diz alguma coisa.- digo desesperado.

- Não chore docinho.- uma voz diz do outro lado.- Eu estou com seu garotinho e digamos que ele não está tão bem como deveria.

- O que você fez com ele seu maníaco?- falo sentindo raiva.

- Se quiser saber me encontre sozinho no endereço que vou te mandar por sms. Você tem 30 minutos.

- Seu idiota, o que fez...- a ligação é cortada.

Recebo um sms com o endereço do local.

Penso em comunicar alguém, mas lembro que ele disse pra eu ir só. Saio correndo do banheiro, passo pelo hall e na entrado por sorte encontro um táxi parado.

- Por favor, me leve neste endereço,- mostro o sms com o local marcado.- eu pago 3 vezes o valor da corrida se você chegar em 15 minutos.

- É pra já.- ele abre a porra e eu entro.

O motorista dirige rapidamente pelas ruas da grande São Paulo, ele disse que pegou um caminho alternativo e que não demoraria chegar.

Fico aflito a medida que vamos nos aproximando do local, eu sei que não deveria ir sozinho mas é a vida do Miguel que está em jogo. Tento não imaginar​  o que fizeram com ele pra ele dizer que está sentindo dor.

- Chegamos. - o motorista diz me tirando dos meus pensamentos.

- Obrigado.- pago o valor como prometido e saio do carro.

- Quer que eu espere?- ele pergunta.

- Não, muito obrigado.

Me afasto carro e sigo até o local. É um parque sem movimentação de pessoas e carros. As árvores que precisam ser podadas dão um aspecto assustador ao local.

Já está escurecendo e as poucas lâmpadas de luz que ainda restam nos postes se acendem.

Me sento em um banco de concreto gasto. Fico atento a qualquer movimento.

Os minutos vão se passando e minha ansiedade só aumenta.

Ouço passos, mas não sei de onde vem. Sinto uma mão tocar em meu ombro.

Tenho medo de virar, meus batimentos aceleram e por um momento tenho a impressão de poder ouvi-los. 

- Vire-se.- a mesma voz que estava no telefone.

Me viro lentamente, olhando para o chão pois tenho medo de encarar esse homem. Fico de frente para ele e levanto meus olhos lentamente e me assusto.

- Fernando? O que está fazendo aqui? Onde está o Miguel?

- Ora, ora, ora. O jovem e ingênuo Arthur ainda não sabe de tudo.- ele tira uma arma do bolso e aponta para mim.- mas acho que nunca irá saber pois vai morrer hoje. Diga adeus garotinho...

Continua...

O Gato Do Meu Chefe. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora