41. DE VOLTA AO LAR.

5.2K 497 39
                                    

Arthur Ribeiro

- Você deve ser o Bruno?- Digo me aproximando dos demais

- Sim.

- Obrigado por cuidar de Miguel por nós.- Maurício diz com os olhos marejados.

- Temos uma divida eterna com você, espero que sejamos bons amigos.- falo com tremenda gratidão e sinceridade.

- Não fiz nada além do que estava ao meu alcance, queria ter feito mais, mais pelas outras crianças que não tiveram a mesma sorte.- Bruno abaixa a cabeça.

Brock o abraça de lado e beija o topo de sua cabeça.

- Não se culpe por algo de que não é culpado.- Brock diz tentando o confortar, mas eu entendo sua dor.

- Já está tudo certo para partirmos, vamos levar as crianças e o resto do pessoal para o hospital mais próximo e em seguida iremos solicitar aviões da FAB pra levarmos pos brasileiros.- Luis Carlos nos orienta.

- E as outras crianças e os adultos que não são brasileiros?- Bruno pergunta.

- Elas ficaram aos cuidados da embaixada de seus países de origem e serão devolvidas as suas famílias o mais breve possível.

- Posso me despedir antes?- Bruno pergunta.

- Sim claro- Luís responde.

Bruno caminha em direção à um grupo formado pro crianças, homens e mulheres. Abraçou um por um, as pessoas pareciam estar felizes e emocionadas.

Um outro grupo de brasileiros estavam sendo colocados em carros oficiais da policia e levados ao hospital.

Bruno foi até eles e os abraçou antes de vir até nós.

- Podemos ir agora.- ele diz.

- Sim meu amor. - Brock diz e o beija seus lábios.

________________________________________________________________________________

Mauricio Miller.

Todos acomodados nas poltronas, o avião paira no ar, observo Arthur com a bebê no colo e a nina com tanto cuidado, nos apegamos a ela no primeiro instante seus olhinhos verdes brilham como esmeraldas lapidadas pelo mais experiente artesão.

- Maurício.- Carlos toca meu ombro.- Eu examinei o Miguel e a Aurora, por enquanto está tudo bem, mas precisamos de uma bateria de exames assim que pisarmos em solo.

- Tudo bem. Faça o que for preciso.- digo e vou até a suíte onde os dois estão.

Quando abro a porta vejo os dois conversando, eles não me percebem e então os observo por um tempo.

- Aulola, a gente vai blinca todo dia né?

- Só se for de casinha.- ela diz.

- Ah não eu não quero.- ele fala cruzando os braços.

- Você qué sim, senão nunca mais convrso com você.

Chantagista esta minha sobrinha.

- Tabom, eu blico.

- Bom eu acho melhor vocês discutirem isso depois, agora tá na hora de sentar na poltrona que nós já vamos pousar.- digo, me aproximando.

- Oba, eu vo pra casa.- Miguel diz animado.

Voltamos para a área principal do avião, e coloco Miguel em sua poltrona, Bruno faz o mesmo com Aurora.

Ouvimos os comando do comandante minutos antes de pousar.

O Gato Do Meu Chefe. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora