22. REVELAÇÕES.

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Maurício Miller

- Maurício e Arthur?- pergunta.a enfermeira baixinha e roliça.

Ela deve ser nova, por não ter feito cara de espanto ao me ver, pelo menos não tentou dar encima de mim.

- Sim somos nós.- Respondo ao mesmo tempo em que levanto.

- Vocês são os próximos, me acompanhem.

Seguimos até a porta do quarto e ela para logo em seguida.

- Lembrem-se ele sofreu fraturas graves e esteve em coma então é importante manter a calma, tentem não fazê-lo passar situações emocionais ou estressantes.- ela diz com toda calma.- Ok?

- Tudo bem.- dizemos os dois em coro.

Entramos no quarto e ele está ali, nos olhando a cada passo dado.

- Arthur?- ele pergunta.

- Sim, sou eu.- vejo meu pequeno esboçar um sorriso.

- Eu pensei que você já tivesse desistido desse ranzinza aí.- Rick diz ao mesmo tempo em que esboça um sorriso.- Que bom que vieram.

- Nós jamais o deixaríamos meu amigo.- digo me aproximando da cama.

Ver ele ali, todo imobilizado acaba me dando uma agonia. Eu jamais pensei que algo desse tipo iria acontecer.

- E como vão as coisas? Soube que estão adotando uma criança.

- Ele se chama Miguel, na verdade não é bem uma adoção, nós não sabemos nada dele ainda e estamos de mãos atadas,- Arthur começa a dizer.- Sabemos poucas coisas sobre ele.

- Entendo, pelo visto terei que tomar conta do baby Miller agora. Não vejo a hora de sair dessa cama e voltar a ativa.- Rick fala com entusiasmo.

- Nem pense nisso, você tem que se recuperar.- Arthur diz com seu tom mandão.- O Dr. Jean disse que vai passar por uma série de exames e fisioterapia  pra poder voltar a rotina de antes.

- Não se preocupe, os seguranças da mansão estão nos ajudando com a segurança.

- Assim espero.- ele diz sério.- Arthur poderia encher essa jarra com água no bebedouro no fim do corredor?

- Ah claro.- ele diz pegando a jarra.- Eu já volto.

- Obrigado.

Arthur sai do quarto e eu já sei que virá uma rápida seção de interrogatórios.

- Foi ele?

- Sim- respondo de cabeça baixa.

- Desgraçado, eu não acredito que depois de tudo ele ousa aparecer.

Passo a mão por meus cabelos, inconformado.

- O pior de tudo, é que agora não somos nós o alvo.- digo  fitando a janela a minha frente.

- O que nós vamos fazer?

- Você? Nada. Mas eu tenho que resolver isso o mais rápido possível.

- Droga, eu devia ter acabado com isso quando eu tive chance, agora pode ser que minha filha esteja em perigo também.- Rick diz, e posso ver a fúria em seus olhos.

- Rick se acalma, nós já passamos por isso antes.

- Sim, mas agora a situação é outra.- ele diz.- Tenho quase certeza que o sumiço de Bruno tem algo a ver com isso, o Brock está arrasado.

Apenas escuto o que Rick tem a dizer, pode parecer cruel, mas estamos em uma situação crítica em que todos nós estamos envolvidos, eu, Rick, Brock, até mesmo Carlos.

O Gato Do Meu Chefe. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora