Capítulo 13

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Luccas Narrando

- É serio, Hazel? - Reclama Anne olhando furiosamente para a outra ruiva que esta á sua frente, dando o maior show com suas altas gargalhadas - Isso já é perseguição.

- Já pulou essa fase, isso já é psicopatismo - Digo, revirando os olhos.

- Não é como se eu fosse matar alguém, não é?

- Não duvide disso - Diz Anne, parecendo um pouco assustadora demais, como se ela estivesse acusando a Hazel de alguma coisa.
Olho para Sam, o mesmo nos encara, esperando alguma coisa.

- Vamos na sorveteria, Sam? - Pergunto, e o mesmo me olha rapidamente. E balança a cabeça, negando.

- Não é uma boa ideia. - Diz ele - Meus pais conhecem algumas pessoas da cidade.

- Está tudo bem. Qualquer coisa, eu falo que te arrastei. - Pisco para ele e Sam me olha com cara de poucos amigos.
Ele não parece ter gostado da ideia.

- E eu? - Diz Hazel, erguendo seus braços para cima, deixando suas tatuagens a mostra. - Como eu fico?

- Você não foi convidada, Hazel. - Diz Anne, curta e grossa, colocando suas mãos na cintura.

- E quem é você para me dizer aonde devo ir ou não? - Hazel diz, provocando Anne.

- Você não pode ir, por que vai arruinar a festa. - Anne rosna de volta. Hazel vai se aproximando lentamente de Anne, com uma expressão não muito boa.

- Eu arruinar? Acho que quem arruina tudo aqui é você, Annezinha.
Hazel parece extremamente irritada, sem nenhuma chance de sair dessa discussão, totalmente desnecessária.
Elas parecem duas crianças.

- Para, vocês duas! - Falo, fazendo Hazel desviar o olhar raivoso de Anne para mim. - Estamos na frente da escola, vocês vão nos entregar.

Hazel olha para Anne, e se afasta. Anne faz o mesmo, acho que Hazel não estava brincando.

- Hazel, Você pode ir, mas sem gracinhas! E eu não vou pagar sorvete para você. Só para o Sam. - Olho para Sam, e o mesmo sorri.

Ele parece estar se acostumando com a ideia da sorveteria.

- Credo! - Reclama Hazel - Vocês parecem dois namorados.

Olha para ela e dou de ombros. Não que eu goste do Sam, nem nada do tipo. Eu só acho que o Sam é meu melhor amigo. Ele foi o único que não teve ódio de falar ou manter o mesmo contato visual comigo.
Diferente de algumas pessoas.

- Ah, e Sam - Chamo a sua atenção. - Vamos dar uma passadinha na minha casa, para tirar o uniforme, está bem?

- Está bem.

- Vocês podem ir na frente. - Digo, olhando para Anne e Hazel, que se encaram com ódio. - E cuidado para não se matarem no caminho. Eu mando mensagem. Vamos, Sam.

O puxo pelo braço, indo em direção a minha casa. Sam anda ao meu lado sem falar nada. Ele anda quieto ultimamente. Ele não é assim.
Algo deve estar o incomodando. Talvez, a presença da Anne ou da Hazel, ou talvez das duas.

Eu não sei se deve perguntar, ele pode se ofender e não querer ir a sorveteria. E eu não fico muito bem ouvindo os problemas pessoais das pessoas. Mesmo que Sam, seja meu melhor amigo.

- O que você tem, Sam? - Digo, o empurrando de leve com o ombro.

- Não é nada. Problemas de família.

- Ah, qualquer coisa, estou aqui, tá? - Digo, e passo meu braço por seu ombro, e puxando mais para perto.

Fomos andando até a minha casa, já que não é tão distante assim da escola. Minha mãe apareceu na sala igual a um furacão, fazendo perguntas, do porque eu estar em casa a uma hora dessas. A única coisa que eu respondi foi que Sam havia passado mal, e eu ia levo-lo para casa. Sam se saiu bem para quem não gosta muito de mentir, só ficou um pouco ofegante. Nada demais.

Por Trás Da MáscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora