Capítulo 10

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Luccas Narrando

Logo de manhã, Sam me mandou uma mensagem falando que eu devo ir na casa dele, para uma festa que a mãe dele vai, e disse para ele que poderia convidar um amigo, e Sam me convidou.

Eu só aceitei por ter levado ele a uma festa que não deu muito certo, vamos se dizer assim. Me pergunto o que a mãe de Sam pensou ao ver o filho com a boca machucada. Sam não me contou muita coisa.

Ele só me disse que é para eu ir na sua casa, as sete. Não sei o porque de tão cedo, e também me disse para ir com uma roupa fácil de tirar. Não sei o que ele quis dizer.

Anne me ligou hoje também, me convidando para tomar um café da manhã na casa dela, já que é sábado. E Anne ama as torradas que eu faço.

Quando eu ia na casa de Cristha, de manhã, nós sempre nos arrumavamos rápido para ir na casa de Anne. Bons tempos.

Me lembro perfeitamente do que Anne me falou: " Suas torradas são as melhores "

Espero que ainda seja.

Coloco uma calça moletom larga com bolsos grandes na frente e uma camiseta de manga comprida e um tênis all star preto.

Desço as escadas, e vou à cozinha. Como o normal, minha mãe está preparando o café. Me aproximo dela, ela está quase dormindo por cima da frigideira.

Pego a frigideira, e coloco sobre a mesa, chamando atenção da minha mãe.

- Luccas, meus ovos! - Exclama ela, olhando para a mesa - Não estão prontos.

- Claro que estão. A senhora está quase dormindo. - Dou uma leve, risada.

Ela me olha com cara feia, ainda de pijama, se senta na cadeira, e pega um prato.

- Pelo amor de Deus, Não me chame de senhora, me faz pensar que tenho quase cinqüenta anos.

Dou risada, ficando ao seu lado.

- Estou indo na casa de Anne, mãe. Ela me convidou.

- Uhm - Ela parece pensar - Vocês não tem alguma coisa não?

- Ah claro que não, mãe. Somos amigos. - Fecho os olhos com um sorrisinho - Por que todo mundo tem mania de romantizar tudo?

- Nada a ver! - Diz minha mãe me olhando - Mas tudo bem, se divirta! - Ela pisca.

- É só um café. - Reviro os olhos, e dou um beijo em sua bochecha.

Minha mãe gargalha alto, me dando uma certa alegria de vê-la assim. Fazia um bom tempo que eu não vejo minha mãe rir desse jeito.

Saio de casa e vou andando até a casa de Anne. O caminho é tranqüilo, mas o único problema é que a casa de Anne é bem próxima a casa de Cristha.

Passo por todas as casas, mas a de Cristha é tortura. E eu até poderia passar pela casa de Scott, embora eu não saiba onde ele mora, mas se soubesse, jogaria uma pedra em sua janela.

Eu poderia até ser preso por isso, mas nem ligaria.

Cheguei a frente da casa de Cristha, e olhei de relance para sua casa, e Cris está lá, na janela olhando para alguma coisa a sua frente.

Paro de andar. Não sei o que está havendo comigo, acho que é costume, é a primeira vez que venho nesse bairro e não vou à casa de Cristha.

Olho para sua casa e nossos olhares se encontram, por alguns segundos sinto meu corpo relaxar.

Eu quero sair dalí, mas seu olhar me prende.

Fecho os olhos com força e coloco minhas mãos no bolso, as cerrando. Eu não quero que ela pense que estou com raiva.

Por Trás Da MáscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora