Capítulo 23

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Peguei minha mochila com roupas minhas e do Jonathan. Saímos da casa, já que o policial "alguma coisa" me disse que eu não poderia ficar na casa por um tempo.
Jonathan colocou em sua mochila do ben10, coisas que eu e ele vamos precisar, apenas coisas básicas.

Eu tive deixar todas as minha fotos que eu tinha com minha mãe na casa, já que o policial Josh me disse que fazia parte da investigação.
Não sei como, nem porque, mas se ele diz.

Eu não chorei tanto assim. Não mais. Fiquei pensando no que o policial Josh me disse antes. Não sofrer muito para não esquecer muito. Acho que foi isso que ele quis dizer. Eu não entendo.

Não implicar muito com Scott, para ninguém da minha família sofrer, agora faz sentido. Mas eu não posso acusar ninguém.

Talvez eu tenha sido um pouco egoísta sobre tudo isso. O que me deixa ainda mais culpado pela morte de minha mãe.
Eu, definitivamente, não tenho um bom psicológico para isso.

Saio do táxi, e pego Jonathan em meu colo. O carro sai em direção à qualquer lugar. Olho para a casa de Sam.

- É bem grande! - Comento olhando para Jonathan. Ele me olha e sorri.
Fomos até a sacada da porta, com um pouco de receio. Eu não sei porque, eu nunca precisei ficar na casa de alguém. E deixar minha casa lá, com todas aquelas lembranças, é uma sensação horrível.
Coloquei minha mão  por cima da porta, mas não toquei a campainha.

Jonathan, que rói as unhas de tanta ansiedade, me olha com o cenho franzido.

- Você vai bater ou não? - Perguntou ele.

- Você não acha que nos seríamos... - Olhei para a porta, não consegui dizer que seríamos um incômodo. Não com Jonathan me olhando assim - Não, esquece.

Toquei a campainha, e depois de alguns segundos, a porta se abri e a mãe de Sam aparece com um sorriso no rosto. Olho para trás dela, Sam está parado na frente da escada.

- Oi, Lucas! - Diz Samatha, mãe de Sam, que me abraça fortemente. O abraço dela, tem o cheiro da minha mãe, o que me traz um conforto incontrolável. - Quem é esse pequenino? - Perguntou ela, se referindo á Jonathan.

- É o meu irmão mais novo - Coloco meu braço por cima de seu ombro - Jonathan.

- Que fofinho - Samatha se agacha para ficar do tamanho de Jonathan, E aperta suas bochechas. - Vamos, entre.

Entrei na casa, me deparando com a sala de estar totalmente arrumada. Sam se aproxima de mim, E pega minha mochila em minhas costas e coloca na sua

Jonathan fica conversando com Samantha, sobre algumas coisas de irmãos ou filhos.

Segui Sam até seu quarto. Entrei, e observei Sam se sentar em sua cama. Ele me olha, e sorri.

- Como você está? - Pergunta ele. Mas diferente dos outros, ele não diz que sente muito. Pela primeira vez, alguém se importa com o que eu sinto.

- Bem - Dou de ombros. Sam faz gestos com as mãos para que eu me sentasse ao seu lado.

Me sentei perto dele, e ele sorri, me surpreendendo com um abraço. Sou incapaz de não retribuir. Coloco meus braços por cima do corpo de Sam. O fazendo me apertar ainda mais.

Por que é assim. Sam é diferente. Diferente de todos aqueles que me dizem o que fazer ou falar na hora do funeral da minha mãe.

- Eu sei como é - Diz Sam ao parar de me abraçar - Eu perdi minha avó, ano passado. No começo a gente só concorda, mas depois... - Sam dá de ombros - a gente se acostuma.

- Acho que já estou acostumado - Dou de ombros - Já que eu achava que meu pai estava morto, mas agora é diferente, já que ele tem outro filho.

- Sua família é complicada - Sam dá uma leve risada, não de deboche, mas de apoio. É o típico, rir para não chorar. - Mas lembra, problema seu, é problema nosso.

Sam sorri, e fecha o punho, faço o toque com ele sorrindo também.
Sam é o único que me dá forças nesses dias.

- Problema seu, é problema nosso. - Sorrio de volta.

Eu sei que tudo está meio estranho. Mas eu acho que é isso que a maioria faz. Conseguir o apoio dos amigos para conseguir seguir em frente. Acho que agora, Pela primeira vez, eu entendo.

Por Trás Da MáscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora