9 - Acidente

66 24 15
                                    

Depois que tinha passado dois meses em coma no hospital, finalmente acordo com uma surpresa super agradável. Vejo flores e caixa de bombons por todo quarto, levanto ainda com dores no corpo; braço quebrado; hematoma no rosto e claro sem contar que rasparam uma parte do meu cabelo fazendo uma "side cut" realmente ficou super estranho, mas fazer o que!? Olho todo aquele sistema de sentimentos dedicados para mim, por claro Paul, nossa nem acredito! Aah e sem contar com flores de Priscila e Marcela; como não vi nada de Gina, posso imaginar que ela está com raiva de mim por causa de Paul, pior que nem sei o que faço, mas vou aproveitar porque não é todo dia que um famoso paparica uma fã, se é que algum famoso faz isso!

Então, volto para a cama, pois sinto minhas pernas doloridas, mas antes pego meu celular na jaqueta e mando uma mensagem para Paul agradecendo pelos presentes. Ligo a TV para passar o tempo e vejo uma notícia bombástica, Paul volta com a ex.

– Não acredito! – Exclamo em alta voz. – Mais que DROGA!! – Grito no quarto sentindo todas as dores do meu corpo vindo a tona.

E nesse exato momento lembro de ter enviado uma mensagem para ele com corações como se fosse namorada dele. Depois da super ira de mim mesma, Priscila bate na porta que se encontra aberta e entra no quarto.

– Não acredito que você já está bem! – Priscila exclama.

– Ainda bem né Pri. –Tento me levantar e rapidamente Priscila me ajuda com o equipamento da maca do quarto do hospital a ficar pelo menos sentada. – Ta bom, Priscila Pierce.

– Opa! O que houve com você? – Ergue a sobrancelha direita.

– Fiz uma burrada só isso. – Fecho a cara.

– Risos. – O que você fez? – Já imagino; pensou Priscila.

– Mandei mensagem para Paul com corações sem querer como se fosse a namorada dele. Ai que ódio!! – Ponho as mãos na cabeça e baixo os olhos.

– Solta uma gargalhada. – Se ferrou! Agora ele vai achar que você é super apaixonada por ele. –Volta a rir.

– Não tem graça Priscila. – Tento jogar a almofada nela, mas desisto logo em seguida por causa do braço e da coluna, lembrando-me vagamente do acidente. – Pri! Falando sério agora...

– Diga. – Para de sorrir ...

– O que de fato aconteceu nesse acidente? – Levanto uma sobrancelha. – Porque não vejo nada de Gina aqui. Tenho receio de ter a afastado de alguma forma e não sei como foi...

 Calma que vou te explicar tudo que aconteceu. – Pri expressa calma em sua voz.  – Bom, depois que saímos daquele Supermercado, lembra até aí? 

– Sim. 

 Discutimos no carro sobre Gina  ter visto aquele jornal onde sai você na foto e ainda comigo junto com Paul Wesley. 

– Continue... – Fico pensativa.

– Bom, ela viu o jornal para nosso azar e foi nesse momento que você sem cinto de segurança foi jogada do carro na batida no poste. Eu estava com cinto de segurança, gritei por você mas não conseguia lhe ver. E foi nesse momento que pensei por um momento ter te perdido. Bateu uma angústia no meu peito e comecei a chorar... Aí nesse momento Gina apareceu. Por um lado ela estava com expressão arrasada em me ver, ela chorou muito me vendo no estado que eu estava, sangrando na boca que foi na hora da batida eu mordi o lábio inferior. Ela ia me ajudar, mas senti minha costela dolorida, percebi que estava quebrada. Então pedi a ela pra que visse como você está, quando ela te olhou, os olhos dela estavam paralisados por uns instantes. Eu a perguntei como você se encontrava, e ela não soube responder, ela apenas chorou ao te ver naquele estado com a cabeça batida no poste sangrando muito, e com o restante do corpo, onde ninguém sabe explicar como você foi parar debaixo do carro. Só me disseram depois de uma semana quando acordei nesse Hospital de Chicago, que você estava em coma e as chances de você acordar eram mínimas... – Abaixou a cabeça e chorou.

Lembrando que Priscila não contou a Evelyn que o carro que estava vindo em sentido de bater com o dela era do motorista do Paul Wesley, que causou o acidente de Evelyn contra o poste que estava do lado direito onde o destino do carro de Evelyn estava indo. 

[...] – Não sei o que dizer. Primeiro não sabia que você me amava tanto. Segundo, estou admirada ou assustada com a amizade de Gina por causa de um homem. Terceiro, mesmo que eu me machuque mais não morrerei. – Risos.

– Ah Evelyn Wilhelm!!! Eu aqui preocupada com você enquanto você no final brinca com isso. É sério. Eu me preocupo com você e sempre me preocuparei por que te amo amiga e estamos realizando um sonho nosso mesmo que infelizmente Gina e até Marcela não queira nossa amizade, a gente não vai se separar jamais. Não é um acidente desses, ou um ator, ou qualquer outra coisa vá tirar a nossa amizade. – Fala enquanto enxuga as lágrimas.

 Desculpa Priscila, obrigada por cuidar de mim. Você é uma ótima amiga e uma irmã pra mim. Sei que não mereço sua amizade, e sei também que nada vai separar nossa amizade, ela perdura até o fim. E te digo mais... – Pri chega mais perto e segura nas mãos de Evelyn. – Você é muito especial pra mim, e sempre vou cuidar de você, pois você sabe que sou sua irmã mais velha. – Rio com sinceridade. – Ah ia me esquecendo, há quanto tempo estou com a bunda colada na cama desse hospital?

[...] A olho assustada esperando por respostas.

– Se solta das mãos de Evelyn e dar uma gargalhada pelo quarto.  –  Quer saber mesmo?

– Claro. Conta logo, Pri. – Digo ansiosa.

– ...Dois meses! – Exclama Priscila.

 É o quê??? – Grito sem me importar com a dor.

**


StatesOnde histórias criam vida. Descubra agora