* 1 semana depois.*
– Bom dia Evelyn. Dormiu bem? – Diz Priscila tomando seu café olhando de relance para Evelyn.
– É bom dia. Dormi, mas me sinto tão cansada. – Senta-se com dores por todo o corpo na cadeira da mesa e enjoa com o cheiro de café.
– 'Tá com uma cara. Estás enjoada com café? Iiih já vi que está menstruada. – Rir alto.
– Aha! Que engraçado. Esses dias sabe que para mim são horríveis. Não consigo fazer nada além de querer comprar outro tipo de pão para comer pela manhã.
– Ah pede a Marcelo para vir aqui comprar pra você. – Levanta-se da mesa ironizando Evelyn.
– Marcelo?! Por que ele oras? – Repouso minha cabeça nas mãos sobre a mesa.
– Por que ele te salvou naquele dia. Ai Marcelo, te amo. – Priscila rodeia pela sala rindo.
– Deixa de palhaçada Pri. Nem sei o que me deu quando tropecei nos degraus aqui do prédio e... o que seu irmão estava fazendo subindo as escadas de emergência? – Viro-me para ela com um ponto de interrogação.
– Simples. Fiquei com medo daqueles sapatos de frente a porta e chamei por ele já que você estava ocupadíssima dentro do elevador. – Priscila senta no sofá. – Só não sei o que tinha tão de importante dentro do elevador que não quis sair. – Gargalha.
– Você está muito risonha pro meu gosto. – Levanto e vou a cozinha. – Eu já te disse. Eu fiquei presa no elevador.
– E me explica como se saiu de lá? Em Evelyn.
–Não sei. Simplesmente não sei. Estava em um momento desesperada para sair, de repente a porta se abriu e saí correndo para subir as escadas de emergência. E na hora aconteceu tudo aquilo que não faço ideia e chega desse assunto que estou ficando com fome. Tô sem vontade de comer esse pão que você comprou. Vou ali na padaria comprar algo para mim e já volto que estamos atrasadas para ir à aula.
Evelyn sai para comprar o pão específico para os dias que ela se sente desconfortável e acorda cedo para tal feito já que o grupo dela vai se apresentar na Competição Teatral, faz suas higienes e decide comprar pão, para ter um café diferenciado. Desce com sua roupa casual, calça jeans, blusa rosinha e sandália.
Andando pelas ruas de Chicago, às 07:30 da manhã, poucos carros e transporte passando pelas ruas e um vento frio com um sol morno a fazendo segurar em seus braços tentando se esquentar.
Caminhei meio quarteirão e me arrependi de não ter ido de carro até a padaria que encontrei nos primeiros dias de mudança para o país. Chegando no mesmo local, cansada de andar, fui até o balcão e pedi oito pães francês e um doce com coco, ao olhar para a estufa de salgados, coloquei olhos gordos no Croissant e sequer medi esforços para também pedir um com presunto e verduras, vendo o atendente pegar meu croissant vi pelo reflexo da estufa e claridade da porta um homem encapuzado aquela hora da manhã de óculos escuros em uma padaria. Por um momento senti meu coração gelar e meus dedos esfriarem. Enquanto olhava pelo reflexo da estufa o tal homem que me observava, uma mulher muito bonita sentou ao seu lado conversando-o com ele. Peguei meu croissant e a sacola de pão e fui para o caixa pagar. Saí da padaria sem olhar para aquelas duas pessoas sentada na cadeira observando-me sair.
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A padaria tem uma ótima localização. Fica de frente a avenida mais movimentada de Chicago, com duas vias, e assim que alguém chega à padaria, dar de cara com porta de vidro, vidro como parede nas laterais do estabelecimento, com tendas com cor verde para proteger do sol, a manhã toda com sombra, dentro dela várias pequenas mesas redondas e cadeiras para quem quiser fazer um lanche.
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RandomTudo começou com um simples sonho em viajar e ter boas e novas experiências...Mas o que elas não sabiam que todas essas experiências não seriam tão boas quanto elas imaginavam... Mesmo assim decidiram viajar, conhecer novas pessoas e passar por gran...