10 - A Fuga

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            Depois de acordar com uma enorme dor de cabeça, olho para os lados do quarto e no momento bate uma vontade de me aventurar. Priscila naquele momento com seu telefone celular liga para a diretora para marcar uma reunião com ela e discutir sobre a vaga no High School. Estamos planejando para entrarmos no colegial, já que dois meses em coma foi o suficiente para atrasarmos a entrada no colégio. 

– Espero que a diretora tenha guardado nossa vaga. – Penso preocupada. – O que gostaria mesmo agora é de aventurar-me um pouco, fugir daqui seria uma ótima opção. – Penso muito feliz com o ar risonho.

Quando o médico sai do quarto depois de fazer um check-up em mim, eu me levanto com maior dificuldade e dores por todo o corpo, pois ficar em cima de uma cama por dois meses é o suficiente para seus ossos causar-lhes uma dor. Vou ao banheiro para retirar a roupa de paciente e colocar as minhas. 

– O que você está fazendo mocinha? – Priscila, eleva a sobrancelha enquanto desliga o telefone.

– Engraçada. Estou fugindo daqui óbvio. – Falo enquanto saio do banheiro com as roupas do acidente, rindo da cara de assustada de Priscila.  – Poxa Prii, nesses dois meses em coma você nem veio me visitar hein. – Digo no tom triste.

– Nada disso. Você não vai de jeito nenhum você vai sair desse hospital. Esqueceu que o médico precisa lhe liberar?! Além do mais, você precisa de mim pra fugir. – Priscila diz sorrindo na última frase. – Ah! Ia me esquecendo... É claro que vim te visitar, esqueceu que os presentinhos de Marcela fui eu que coloquei aqui?! Por quê?    

– Então porque você ainda deixou minhas roupas rasgadas, ensanguentadas do acidente aqui em vez de colocar roupas novas para quando eu acordasse eu vestiria quando saísse daqui? – A olho com raiva.

– Isso! Na verdade Evelyn, eu nem imaginava que você acordaria. Fiquei tão horrorizada quando passou um mês e você nem sequer acordou, eu estava com poucas esperanças,pois o próprio médico disse que daria mais um mês para você acordar. Ele se espantou essa semana quando os seus batimentos cardíacos aumentaram no computador. Foi daí que ele me ligou, me deu notícias, e saí correndo de casa sem pensar em roupas e vim para cá o mais rápido que eu pude para ver se teria a chance de ser a primeira a lhe ver acordando. – Priscila, fala com emoção.    

– Chego perto de Pri e lhe dou um abraço de leve. – E quem seria o segundo a ter a chance em me ver? – A pergunto me soltando do abraço esperando ela dizer Paul.

– Realmente não sei. – Priscila, fala olhando para o chão. – Se você está me perguntando pelo Paul, eu não sei dele desde acidente. – Volta a se sentar na poltrona.

[...] – Como assim? Ele não veio visitar em nenhum momento? – A pergunto com tristeza.

– Não. Ele estava ocupado com os trabalhos da série de vampiros que ele foi colocado para atuar e às vezes dirigia alguns episódios. E como não sei o número de telefone dele, então não sabia como me comunicar avisando a ele sobre o coma. – Prisciladisfarçando e criando desculpas para o Paul. – Vamos sair daqui?! – Priscila, fala ansiosa tentando cortar o assunto Vee-Paul.

– E como tem presentes dele aqui para mim? – Pergunto curiosa.

– Aii Vee!!! Não sei, podem ter sido os seguranças dele sei lá. – Revira os olhos. – Vamos logo sair daqui antes que eu desista. 

– Acho que não foram os seguranças, pois não iam os deixar entrarem aqui tão fácil e não tem lógica deles entrarem para entregar algo de Paul. E Paul pode ter vindo ao dia que você não veio... – Tento convencer Priscila da presença de Paul enquanto estava em coma.

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