18 - Ela é importante?!

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Priscila Pierce

Depois que saí do quarto de Evelyn, penso em como devo fazer para ajudar a minha amiga. Sinceramente o Paul foi muito canalha em enganá-la dessa maneira. Um dia vou encontrar com ele e ele vai ouvir umas verdades. 

Me sento no sofá com raiva e meu irmão me dar um cutuco forte.

– Ai Marcelo. 

– O que você está pensando aí? 

– Nada. – Fecho a cara.

– Mentira. Me chamou aqui para carregar Evelyn nos braços e levá-la para o quarto e ainda disse que ia me dizer alguma coisa sobre, e agora diz que não é nada?! – Ele diz erguendo uma sobrancelha.

– Hum... bem que você gostou de levá-la para o quarto em seus braços, num foi? – Pergunto sendo trelosa.

– Nada disso. – Marcelo dar uma gargalhada. – Não vim aqui pra isso e sim te ajudar. Me conta o que houve com ela?

– Está preocupado com o bem estar dela? – Continuo implicando.

– Priscila!!! O que você quer saber de fato? Se eu gosto dela, ou se ela gosta de mim? É isso?

– Sim. É isso.

– Não sei por ela se ela sente algo por mim, mas eu tenho namorada agora. Penso nela como amiga da minha irmã. – Ele diz um pouco com raiva.

– Tá bom. Desculpa! Bom, o que eu posso dizer sobre isso é que Paul o canalha a traiu na frente de todo mundo e ela tá assim arrasada. – Solto tudo sem parar pra pensar.

– Como é? Aquele cara fez isso? Ele tá louco? Destruir assim E-e-evelyn, aquela menina, a Vee! – Marcelo diz super irritado quase gritando e gaguejando.

– Estás gaguejando porquê? 

– Nada. É que sinto-me indignado por isso. – Ele diz ficando de costas pra mim. – O que ela disse a ele? –Ele se vira.

– Ela deu o fora nele enquanto ele tentava se explicar que não era nada daquilo que ela estava vendo.

– Ele ainda teve essa ousadia de dizer isso? Cara de pau desse cara. Quando o ver eu vou quebrar a cara dele. – Diz Marcelo com uma fúria e fechando a mão em formato de punho.

– Calma Marcelo! Eu também tenho que me acertar com esse cara, entra na fila. Não vou socá-lo por que minhas mãos são bem pequenas pra isso. Mas, ele vai ouvir umas verdades.

– Tudo bem maninha. Olha, vou ter que sair agora.

– Já? Mal chegou e já vai sair? Tanto você sai assim? – Continuo sentada no sofá olhando para ele.

– Muitas perguntas e só uma resposta; namorada. Só te peço, não diga nada a Evelyn por favor.

– Por quê?

– Por que se ela gosta de mim, ela pode ainda ficar mais arrasada se souber de fato que tenho namorada. É melhor você desconversar qualquer suspeita a ela sobre se tenho namorada ou não. 

– Mas isso vai criar uma expectativa pra ela, não acha? Se eu for mentir e dizer a ela que você não tem namorada nenhuma e ela estiver afim de você, ela vai querer estar com você.

– Eu sei que é complicado, mas deixa ela descobrir por ela mesma que se tenho ou não namorada. Mas, apenas dê a entender a ela que não quero compromisso com ninguém.

– Por quê você está tão preocupado com o que ela vai pensar de você? 

– Dar pra você fazer esse favor pro seu irmão mais velho aqui? – Ele se abaixa até o sofá e segura meus braços nele.

– Okay irmão. Mas me apresente a sua nova namorada um dia, por favor. 

– Pode deixar. – Ele se levanta e vai até a porta da sala.

– Só espero que Evelyn não me mate por essa mentira. – Digo a ele.

– Ela não vai. – Ele diz piscando enquanto fica com a porta aberta.

– Como você sabe? 

– Por que ela te ama demais! – Ele sai logo em seguida.

– Vamos ver se esse amor dura... – Digo a mim mesma depois da retirada dele no apartamento.

Fico no sofá sentada pensando em tudo que disse para o meu irmão e tudo o que ele disse para mim. Nossa ter falado do que houve com Evelyn me apareceu novas provas do que estava aqui pensando antes. Achar que meu irmão sente alguma coisa por Evelyn é besteira, por que agora tenho certeza que ele sente. 

Nunca vi meu irmão desse jeito com nenhuma garota. Não conheço sua namorada, mas sei que o amor dele é Evelyn e ele não admite isso por que eu não sei.

Mas a partir do momento que ele ficou irritado, com raiva, chateado, todas essas coisas ruins que ele sentiu de uma vez quando falou que ia socar a cara de Paul, já senti que tem algo aí. Ficou ainda mais óbvio quando eu o abordei sobre os sentimentos dele por ela e ele desconversou chateado comigo. Apenas dirigiu isso como "indignação" que achei muito estranho apesar que ele falou apenas por que "ela é amiga da minha irmã". Se Evelyn é apenas minha amiga e não a dele, então pra quê ele estar tão chateado com isso. Fiquei super mal pelo que ele fez com ela, mas não ao ponto da reação de Marcelo que ficou furioso.

Deixando minhas desconfianças de lado, eu realmente acho que algo tem aí nesses dois e vou ficar ainda mais de olho. Mas não sei como direi a Evelyn que Marcelo não tem namorada, tendo. Aí que complicação!! O que faço Priscila? - Digo a mim mesma.

Enquanto não sei o que fazer decido almoçar mesmo de 17:00 hrs da tarde.

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Marcelo P.O.V

– Estar em teus braços é o melhor momento de minha vida. Acho que estou apaixonado por você.

– Você acha ainda? Em mim já tenho certeza que estou por você. – Diz uma moça loira.

Nos beijando ardentemente e sem explicar a explosão de sentimentos passando pelo meu corpo. Paro enquanto sinto algo vibrando no meu bolso.

– Droga! Desliga esse telefone Marcelo. – Diz a moça loira tentando ser doce.

– Desculpa.– Olho no celular e vejo uma ligação vinda de minha irmã.

– É minha irmã, preciso atender. –Me levanto da cama e vou atender o telefone.

– Alô!

– Você pode vir aqui em casa por favor? Estou precisando de uma ajudinha. – Diz Priscila a mim.

– Posso. – Respondo a ela.

– Está muito longe daqui? – Pergunta.

– Não. Estou indo aí.

Desligo o telefone.. – Tenho que sair! 

– Vai pra onde? – Diz a moça loira.

– Para o apartamento da minha irmã. É rapidinho e já já estou de volta. Te amo. – Beijo seus lábios e saio sem deixar ela falar alguma coisa.


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