13 - Intercâmbio

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       Assim que terminou a aula, falamos com a diretora na sala dela sobre uma possibilidade que foi dita pelo professor Michael Collins de um intercâmbio de alunos para fazerem teatro.

– Muito bem. Isso até que é verdade, mas não achava que o Mr. Collins ia falar disso logo, ou no caso ia aparecer pessoas interessadas. Mas para isso acontecer é necessário ter um Grêmio Estudantil. Já ouviu falar? – Pergunta a diretora Mrs. Pyrrho.

– Sim. A escolha de um líder para representar a sua sala de aula. – Respondo.

– Pois bem, precisamos fazer isso antes de nos comprometermos com alunos de outras escolas e como a sua sala é do último ano, sempre fizemos isso, mas nunca conseguimos ganhar nem em primeiro, nem em segundo e nem em terceiro lugar. Uma chance de nos apresentarmos diretamente para diretores, cineastas, atores internacionais e nacionais, aqueles bem conhecidos de séries de TV e filmes que todo mundo ou quase todo mundo assistem. – Diz a diretora dando detalhes sobre o intercâmbio teatral.

– Que interessante!! – Falo com entusiasmo e muita vontade de levar o colégio à vitória. – Quem pode se candidatar? E quando vai começar? Vai ser sorteio ou a senhora que vai dizer? – Faço uma série de perguntas desesperada.

– Calma! – Diz a diretora. – Qualquer um da sala de vocês podem se candidatar, seja menino, seja menina. Na verdade não vai ser sorteio, vão ter que apresentar algo em relação ao teatro. Uma peça. – Diz a diretora olhando para minha cara com os olhos brilhando de felicidade. – As peças que forem as melhores escolhidas por todos os professores ou a maioria deles; por final vai precisar passar por mim. Eu direi quem irá ganhar ou não.

– Espera!! "As peças?" – Achei que fosse só uma peça. – Digo sem entender olhando para Priscila que não faz nenhuma pergunta.

– Sim. Serão três que estarão na final onde eu vou escolher a vencedora.

– Ah!! Quando a senhora vai anunciar toda essa informação para a escola? – Pergunto.

– Quando eu for reunir todos no auditório. – A diretora diz olhando para o relógio e para no tempo por uns instantes tentando saber em que horário ela vai anunciar a informação valiosa. – No horário do intervalo.

– Logo no intervalo? E o lanche? – Pergunto não acreditando.

– Sim. Vou estender o intervalo para vocês comerem. Fique tranquila, não passará o horário da sua comidinha. – Ela fala isso olhando os documentos sobre a mesa com os óculos de Harry Potter dela, enquanto estou saindo da sala com Priscila e vendo a ironia dela, de dizer só porque queria comer algo.

– Priscila vai ser show!!! Imagine só a gente ganhar isso e se apresentar para diretores de cinema famosos?!

– Sim, seria super legal! Mais a gente nem sabe se podemos nos apresentar juntas, ou é cada uma por si. – Pri diz.

– Pois é. E nem a perguntei o que o primeiro lugar vai ganhar quando vencer.

– Mas ela vai dizer daqui a pouco. – Priscila fala.

Andando pelo colégio e conversando sobre o que aconteceu na sala da diretora Mary Pyrrho, nos deparamos vindo em nossa frente, simplesmente Gina e sua nova amiga da qual não perguntei o nome, mas tinha uma fisionomia muito estranha. Uma garota alta, branca, magra, cabelos compridos pretos, e nos olhava de uma maneira que dava ou dó ou mais raiva por ela me encarar como se eu tivesse feito mal a ela.

– Nossa que interessante! – Gina olha para mim com o tom zombador.

– Ual Gina é tudo que você tem a dizer? Obrigada por me achar interessante. – Digo a ela com o ar de satisfação irônica.

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