Naquela mesma noite eu estava perseguindo um grupo estranho de lobos. Eles estavam levando as pinhas para algum lugar, todos em fila única, alguns estavam com um tipo de roupa estranha preta. Pensei que os lobos dessa floresta não fossem tão esquisitos.
Eles pararam em frente a uma pedra grande em forma oval e oca, ao redor as árvores pareciam ter sido plantadas ali de propósito. Para formarem um tipo de muro deixando uma trilha na direção daquela pedra enfeitada de flores, percebi só depois que lá tinha uma mulher muito bonita que se levantou da pedra com uma expressão fria no rosto. Ela vestia roupas coloridas, rosa, verde, azul escuro. Tinha uma coroa de galhos na cabeça, carregava um tipo de espada presa na sua cintura. Mas assim que foi falar com os lobos, se tornou uma mulher amigável e carinhosa com seus soldados. Ela se abaixou e pegou uma pinha de um dos lobos e ergueu na sua mão, fiquei assistindo aquilo curiosa, ela fez uma luz amarelada cobri toda a pinha transformando ela em algo parecido com um ovo dourado. Depois sorriu para os lobos que ficaram alegres, mas assim que ela jogou o ovo dourado em uma árvore, a árvore começou a se desfazer, como se aquele ovo estivesse estourado e liberado ácido dentro destruindo metade da árvore.
— Não é o suficiente! — ela gritou apertando os punhos irritada, os lobos se encolheram, metade deles lá atrás já haviam saído correndo com medo.
— Amanhã vão ao mesmo lugar colher mais, tragam mais! — ela se virou graciosamente de volta ao seu trono e se sentou lá dispensando os lobos todos com medo. Eu fiquei com raiva do que ela falou, não vou deixar que roubem coisas do meu território. Tudo que tem lá é meu. Amanhã eles vão ter que ir para outro lugar.
Sair de trás do arbusto espinhoso que eu estava e voltei ao caminho da minha toca. Eu olhei todos os lados vendo se tudo estava no lugar aqui, era um dos meus lugares favorito, eu não costumo vir muito aqui porque não tinha tanto valor pra mim apesar de ter plantas e árvores bonitas. Mas os pinheiros estavam todos revirados, os galhos estavam bagunçados, não tinham nenhuma pinha neles para enfeitar. Porque ela quer tantas delas? Pra fazer ovos explosivos pra quê?
Eu ouso passos apressados vindo na minha direção, levanto minha cabeça assustada mas já era tarde demais. Eu fui atingida por um lobo branco que corria de alguma coisa, nós dois caímos no chão mas eu logo levantei e sacudir meus pelos sentindo nojo desse imbecil. Ele estava amedrontado no chão com os olhos arregalados direcionados pra mim, ofegante ele começou a gaguejar alguma coisa. Eu vi algo que chamou minha atenção na sua coxa, era um símbolo estranho... Eu tinha certeza que já tinha visto isso antes. Eu me sentei ali o observando curiosa admirando sua cor branca e seus pelos cheios. É um deles com certeza.
— Ela não pode descobri que eu não fui hoje pra colheita — ele disse olhando para os lados se levantando do chão me encarando de uma outra forma agora. Alguma coisa em mim tinha o deixado confuso e opaco, eu não entendi muito bem oque tinha em mim. Então eu olhei a mim mesma pensando que tinha alguma sujeira em meus pelos.
— Você... Você... Não pode está desse lado — ele balançou a cabeça ainda com os olhos claros arregalados, olhava para mim com medo e se atrapalhando com suas palavras e o jeito que ele estava se afastando tropeçando.
— Não me diga oque fazer... Esse território é meu — falei erguendo meu focinho orgulhosamente, ele continuou me encarando do mesmo jeito e se encolheu abaixando as orelhas quando ouviu um uivo grosso. Eu sabia que era de um dos seus amigos. Então ele se apressou e se virou para continuar a correr e fugir de alguma coisa.
— Se é seu território eu vou te ver de novo — não tinha sido uma pergunta, ele disse isso me dando um sorriso estranho e correndo para longe sumindo no escuro da floresta. Talvez eu tenha achado estranho seu sorriso porquê nunca vi um lobo sorrir.
Suspirei exausta de tanta coisas confusas que aconteciam comigo e me obriguei a voltar para minha toca. Mas assim que dei o primeiro passo, eu sentir um cheiro forte vindo de uma raiz da árvore que eu mais adorava desse lado. Alguém andou marcando território aqui e isso pra mim já tinha sido o bastante pra mim decidir iniciar uma guerra sozinha entre mim e os lobos audaciosos. Eu não tenho moral algum pra cuidar do que é meu? Será possível que eu não tenha direito de ter um lar sem ser atormentadas por esses enxeridos?
Bufei passando por cima do odor insuportável que estava na raiz e andei um pouco mais rápido querendo chegar logo na minha toca e descansar. Eu tinha que me preparar para amanhã, eu vou caçar todos que tiverem passada a fronteira que eu criei sozinha parar proteger minha casa e meu território que é só meu. Não importa se ser uma pantera ou um leão da montanha, eu vou expulsar a força.
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A raposa Solitária.
FantasíaLibby, uma raposa que cresceu sem os pais ou qualquer outro membro da sua família para cuidar dela. Teve o desprazer de assistir sua família sendo levada por caçadores, aprendeu a viver sozinha na floresta cuidando de si mesma. Anos depois se tornou...