25. Danna

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Coloquei saltos e respirei fundo. Era só um jantar, não era como se eu estivesse me vestindo para o meu próprio velório ou para meu casamento.

Então por que meu coração batia pesadamente no peito?

Ah, sim, sabia bem o porque. Não era medo, não era temor algum – ou talvez fosse um pouco disso –, era porque eu sabia que ficaria pelo menos por quase duas horas próxima do homem que queria estar perto, mas nunca conseguia alcançar seu coração. William gostava de mim, via e entendia isso, mas amar? Não, isso eu podia ver que não. Não ainda, idiota, meu coração sussurrava e meu cérebro esperava que ele estivesse razão para não precisar inventar mil estratégias de como cura-lo se as coisas não dessem certo.

A campainha tocou e Julliet me olhou dos pés a cabeça.

– Pronta?

Anui com a cabeça. A ideia de sair com o pai da babá da minha filha estava me deixando sem graça. Que ninguém nesse momento me venha com: "Mas, Danna, vocês transaram!". Meu bem, em duas das três vezes que isso aconteceu, eu estava sob efeito do álcool, sim, eu vou colocar a culpa nele e a outra vez... Foi coisa de momento. Certo, agora vou considerar que esse momento foi o suficiente para que eu pensasse em como seria ter algo a mais. O que fizemos naquela noite na cama dele não foi sexo sem compromisso, ou uma trepada qualquer, não, aquilo foi o velho clichê do "fazer amor".

E acho que era isso que estava tornando tudo doloroso para mim, me fazendo repetir – para que eu mesma acreditasse – que aquilo não tinha sido nada relevante. Inspirei em busca de dar ao meu coração a tranquilidade que lhe foi roubada desde aquela noite nos braços dele, e saí do quarto.

William estava no minúsculo hall da minha casa, me esperando. Estava de terno e uma bela gravata de um verde musgo bem escuro. Aqueles ternos tinham um caimento perfeito em seu corpo e eu fiquei me perguntando de ele já comprava assim ou se tinha alguém para fazê-los sob medida.

– Boa noite, Danna – ele cumprimentou olhando-me dos pés a cabeça. Com um pequeno sorriso acrescentou: – Você está linda.

Sorri e, sim, corei um pouco. Mas eu não era uma mulher tímida que recebia elogios e ficava toda acanhada sem saber como agir ou responder a um deles. Me aproximei dele tocando seu ombro e beijei sua bochecha.

– Obrigada, Sr. Holt – sorri e me afastei novamente. – Você está de arrasar corações.

Ele me ofereceu um pequeno sorriso em agradecimento e desviou os olhos para Julliet.

– Não vamos voltar tarde – ele garantiu tocando seus cabelos.

– Ok – respondeu com um dar de ombros.

Me afastei para abraçar minha menininha e afastei seus cabelos castanho claros que caiam em seus olhos amendoados.

– Mamá – ela sorriu colocando a mãozinha em meu rosto.

– Volto logo, querida, Julliet vai ficar com você, certo?

– Uuuuuh! – ela gritou apontando animada para Julliet e fazendo uma dúzia de sons incompreensíveis.

Sorri e beijei o topo de sua cabeça.

– Amo você – murmurei antes de me levantar e olhar para a garota ao meu lado. – Não esqueça de colocar ela para dormir cedo.

– Sim, senhora – Julliet respondeu batendo continência de brincadeira.

Toquei seu rosto de dei-lhe uma piscadela para então me virar para William que me aguardava pacientemente.

Cinco segundos para amar [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora