10. Danna

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Sua boca percorreu desde o lóbulo que ele sugava, arrepiando todos os pelos do meu corpo, até o encontro entre meu pescoço e o ombro. Estava excitada e a bebida só aumentava mais isso. Puxei seus cabelos para guia-lo novamente até a minha boca. Sua mão voou para minha perna, erguendo-a até seu quadril. A excitação dele era bem evidente.

– Quarto – eu disse num gemido. – Agora.

Ele grunhiu roçando os dentes em meu maxilar até se afastar e me puxar pela mão. Fomos até a garota que guardava as chaves dos quartos. O Gran Finale era das maiores boates de Nova York. DJs famosos às vezes faziam alguns shows aqui, tinha uma aparência elegante com um valor de entrada que não fazia ninguém pensar em vender um rim para estar dentro, barmen profissionais atendiam com presteza e o diferencial eram os três, dos cinco andares que o prédio tinha, eram apenas de quartos. Sim, como um motel acoplado à boate.

Tinha vindo parar aqui a convite de William. Pois é, quando se passa a conviver um pouco mais com alguém, você para de chama-lo apenas pelo sobrenome. Estávamos criando alguma intimidade nas últimas três semanas desde o almoço em sua casa. Nessa noite de sábado, pela primeira vez eu dormiria em sua casa. Ele me convidou para uma noite leve no Gran Finale e claro que não recusei. Precisava mesmo sair um pouco e me divertir. Tinha cortado os interesses de Curtis depois que ele tentou jogar Isabella para o pai para que tivéssemos uma rotina mais leve, sem muitas preocupações com uma "criança limitada".

Babaca.

William me trouxe em seu carro, dançamos horrores, mas agora? Estava prestes a entrar no elevador que me levaria para um andar onde pretendia revirar o quarto num sexo selvagem de apenas uma noite de diversão. A mão masculina estava na base da minha coluna e a língua fazia círculos sedutores em meu pescoço. Olhei distraidamente para o lado e ao longe vi um par de olhos cinzentos como chumbo. Sorri para ele, que dançava com uma mulher loira, e entrei no elevador com o homem que não lembrava nem o nome.

. . .

Ouvi a porta do carro bater e senti como se tivesse batido na minha cabeça com toda a força. Apertei os olhos.

– Que merda, William – reclamei me encolhendo no banco do carona.

Ele gemeu preguiçoso.

– Toma – ofereceu com uma voz rouca de sono.

Abri os olhos para ver ele me oferecendo um tylenol e uma garrafa de água. Peguei os comprimidos e joguei dentro da boca tomando alguns goles da água para obriga-los a descer pela garganta. Devolvi a garrafa e o vi fazer o mesmo que eu.

– Você não bebeu muito, não é? – perguntei. – Não quero morrer no caminho para casa porque você bebeu até perder a conta.

– Ei, quem bebeu como um gambá foi você – ele resmungou. – Eu só passei a noite em claro transando com uma loura que... Porra.

– O babaca que estava comigo parecia não saber para quê servia um clitóris. Se não fosse por isso aqui – mexi meus dedos – , eu não teria chegado à dois dos quatro orgasmos que tive essa noite.

– Você podia ter batido na porta do meu quarto. Acho que aquela loira, com a disposição que tinha, não ia se incomodar com um ménage à trois – ele riu.

Ri, mas isso fez minha cabeça doer e eu gemi. Era o meu fim. Queria chorar por mim mesma nesse estado deplorável em que me encontrava.

– Acho que nenhum desses orgasmos valeu. Você está péssima – ele comentou ligando o carro.

– Comentário desnecessário, já tinha cogitado isso – reclamei fechando os olhos outra vez. – Só cale a boca e dirija, preciso do calor de uma cama confortável.

Cinco segundos para amar [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora