Abri a porta de casa assim que escutei o bater das portas do carro de Danna. Ela estava muito bonita e elegante, assim como a Sra. Green e a pequena Isabella que estava uma graça vestida quase como uma adolescente estilosa. Confesso que fiquei um pouco sem graça porque estava descalço, de bermuda branca e uma blusa de tecido fino azul marinho.
– Bom dia, Green's – cumprimentei elas.
– Holt – Danna me cumprimentou.
– Uau, Sra. Green, está elegante – elogiei a senhora simpática e bem arrumada.
Ela deu um simples e tímido dar de ombros.
– Não queria fazer feio.
– Jamais, Sra, Green – ri e abri espaço para elas. – Entrem, por favor.
Danna, a filha e a mãe entraram na minha casa analisando o local. Apesar de grande, minha casa não tinha luxo desnecessário. Claro, havia coisas boas que um bom dinheiro compraria como a TV grande, o aparelho de som potente, o sofá confortável e grande... Mas nada muito exagerado. Eu e Samantha não gostávamos muito, nascemos sem muita condição financeira então, para nós, não era necessário muito luxo. Aprendemos a viver com pouco.
– Estou realmente me sentindo desarrumado perto de vocês – brinquei colocando as mãos no fundo dos bolsos da bermuda.
Danna se virou para mim com um ar de desculpas.
– Nós acabamos nos impressionando por causa...
A frase ficou incompleta, mas não precisei ouvir para saber ao que se referia. Sempre isso. As pessoas olhavam demais para isso e esqueciam que atrás de uma conta bancária gorda existe apenas um ser humano.
– Do meu dinheiro? – completei por ela, erguendo as sobrancelhas, e Danna comprimiu os lábios, desconfortada. Me senti decepcionado por ela pensar que me importava tanto com o que alguém tinha. Abri um sorriso incrédulo e balancei a cabeça. – O.K. Vou chamar Julliet e avisar que...
Senti mãos no meu braço, abraçando-o. Olhei para o lado e vi a senhora baixinha que eu amava sorrindo para as visitas.
– Ah, estas são Rachel, Danna e Isabella Green – apresentei apontando para cada uma delas e pus minha mão sobre a da senhora ao meu lado. – Esta é Matilde. Ela foi babá de Julliet e desde então trabalha aqui.
Matilde me largou animada dando um beijo de cada lado do rosto da Sra. Green.
– É um prazer receber vocês aqui – disse.
Se virou para Danna com uma expressão surpresa.
– Danna, Danna, Danna... Ora, eu já não aguentava mais esses dois falando o tempo todo de você – contou puxando a mulher, que ria da sua espontaneidade, para um abraço apertado.
Se separando, Matilde olhou para a menininha que segurava a mão da mãe.
– Cristo, agora entendo porque Julliet sempre chama Isabella de princesinha – Matilde se curvou para a menina. – Ela é tão encantadora!
– Obrigada – Danna agradeceu orgulhosa da filha.
Matilde se aprumou e me olhou.
– Vá chamar Julliet aqui, Will – ela pediu. – Enquanto isso, vou acomodar nossas garotas.
Ela piscou cumplice para a Sra. Green. Sorri e me virei para subir a escada.
– Julliet, querida, elas chegaram – gritei no meio da escada.
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Cinco segundos para amar [Completo]
Romantizm[Série Segundos - Livro I] Samantha Holt, cidadã americana da cidade de Nova York, casada há doze anos e mãe de uma menina de dez anos, descobriu o câncer de mama no estagio IV aos 38 anos de idade. Faleceu sete meses depois deixando a filha e o mar...