9. William

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Abri a porta de casa assim que escutei o bater das portas do carro de Danna. Ela estava muito bonita e elegante, assim como a Sra. Green e a pequena Isabella que estava uma graça vestida quase como uma adolescente estilosa. Confesso que fiquei um pouco sem graça porque estava descalço, de bermuda branca e uma blusa de tecido fino azul marinho.

– Bom dia, Green's – cumprimentei elas.

– Holt – Danna me cumprimentou.

– Uau, Sra. Green, está elegante – elogiei a senhora simpática e bem arrumada.

Ela deu um simples e tímido dar de ombros.

– Não queria fazer feio.

– Jamais, Sra, Green – ri e abri espaço para elas. – Entrem, por favor.

Danna, a filha e a mãe entraram na minha casa analisando o local. Apesar de grande, minha casa não tinha luxo desnecessário. Claro, havia coisas boas que um bom dinheiro compraria como a TV grande, o aparelho de som potente, o sofá confortável e grande... Mas nada muito exagerado. Eu e Samantha não gostávamos muito, nascemos sem muita condição financeira então, para nós, não era necessário muito luxo. Aprendemos a viver com pouco.

– Estou realmente me sentindo desarrumado perto de vocês – brinquei colocando as mãos no fundo dos bolsos da bermuda.

Danna se virou para mim com um ar de desculpas.

– Nós acabamos nos impressionando por causa...

A frase ficou incompleta, mas não precisei ouvir para saber ao que se referia. Sempre isso. As pessoas olhavam demais para isso e esqueciam que atrás de uma conta bancária gorda existe apenas um ser humano.

– Do meu dinheiro? – completei por ela, erguendo as sobrancelhas, e Danna comprimiu os lábios, desconfortada. Me senti decepcionado por ela pensar que me importava tanto com o que alguém tinha. Abri um sorriso incrédulo e balancei a cabeça. – O.K. Vou chamar Julliet e avisar que...

Senti mãos no meu braço, abraçando-o. Olhei para o lado e vi a senhora baixinha que eu amava sorrindo para as visitas.

– Ah, estas são Rachel, Danna e Isabella Green – apresentei apontando para cada uma delas e pus minha mão sobre a da senhora ao meu lado. – Esta é Matilde. Ela foi babá de Julliet e desde então trabalha aqui.

Matilde me largou animada dando um beijo de cada lado do rosto da Sra. Green.

– É um prazer receber vocês aqui – disse.

Se virou para Danna com uma expressão surpresa.

– Danna, Danna, Danna... Ora, eu já não aguentava mais esses dois falando o tempo todo de você – contou puxando a mulher, que ria da sua espontaneidade, para um abraço apertado.

Se separando, Matilde olhou para a menininha que segurava a mão da mãe.

– Cristo, agora entendo porque Julliet sempre chama Isabella de princesinha – Matilde se curvou para a menina. – Ela é tão encantadora!

– Obrigada – Danna agradeceu orgulhosa da filha.

Matilde se aprumou e me olhou.

– Vá chamar Julliet aqui, Will – ela pediu. – Enquanto isso, vou acomodar nossas garotas.

Ela piscou cumplice para a Sra. Green. Sorri e me virei para subir a escada.

– Julliet, querida, elas chegaram – gritei no meio da escada.

Cinco segundos para amar [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora