Um Toque de Voleibol

Capítulo 14 - Rita

O fim-de-semana passou a correr. Fiquei a arrumar a casa, e decidi entrar numa busca para comprar uma bicicleta. A distância entre casa e o pavilhão não é muita, mas com a bicicleta acabo por ser mais rápida, ao mesmo tempo que passeio descontraidamente. Acabaram-se os transportes públicos repletos de gente.

Segunda-feira chegou, hora de estrear a bicicleta.

"Novo transporte?" Reconheci a voz, era a Joana.

"Sim, estava um pouco farta de andar de transporte ou ir a pé até casa."

"Fazes bem, tem tudo a ver contigo."

"Então porquê?"

"Livre, aventureira, linda." Disse ao aproximar-se de mim.

"Oh só me dás elogios, o que fiz para merecer isso?"

Em vez de responder apenas aproximou-se da minha cara. Pensei que me fosse dar um beijo na boca, assim que fechei os olhos, mas voltei a abri-los assim que senti os lábios dela na minha face apenas.

"Adorei a noite de sexta-feira. Quero voltar a repetir. Achas que podemos voltar a jantar algum dia destes?"

Agarrei-lhe na mão e disse "Claro que sim." Afinal tinha à minha frente uma pessoa simples, honesta, descomplicada.

"Bem este fim-de-semana temos o primeiro jogo. O que quer dizer que temos a primeira road trip da época. Adoro ter que viajar."

"Pois é verdade, se calhar combinamos passear pela nova cidade, depois do jogo. Que achas?"

"Acho perfeito."

E dirigimo-nos para o treino. Com o aproximar do jogo, o treino foi carregado de tácticas. Sinto que já consigo estar à vontade e adaptar-me facilmente a cada táctica.

No final do treino, a treinadora chamou-me à parte.

"Olha Rita, tenho obervado que estás à vontade com as tácticas. Estou muito contente com o teu trabalho. Apesar de seres nova na equipa, consigo ver a potencialidade que tens em ajudar a equipa a ter um bom resultado no campeonato. Estou a pensar, em colocar-te já a jogar neste primeiro jogo, quero que ganhes experiência o quanto antes, para nos jogos mais decisivos, estares completamente preparada."

"Obrigada treinadora, nem sabe o quanto isso significa para mim. O que mais quero é integrar-me rapidamente para conseguir produzir à equipa várias vitórias."

"Ainda bem que te vejo motivada. Agora é continuar a treinar seriamente o resto da semana."

"Sim claro. Vou fazer o meu melhor para estar na melhor forma."

Saí feliz do pavilhão, mas assim que chego à rua, reparo que a minha bicicleta não está no mesmo sítio onde a deixei. Não acredito, apenas tinha um dia e já me roubaram a bicicleta. Devia ter logo comprado uma corrente e cadeado, mas pensei que a zona à volta do pavilhão fosse segura.

"Então novata, que cara de preocupada é essa?" Assusto-me ao ouvir a voz da Anabela ao meu lado. Ela estava já de capacete na mão, pronta a subir na sua mota.

"Vou ignorar o facto de me estares sempre a chamar de novata. Mas por outro lado pode ser que tenhas visto alguma coisa. A minha bicicleta desapareceu. Deixei-a aqui e já não está."

"Não vi nada, mas devem ter sido uns rapazinhos que costumam vir aqui brincar. Fazemos assim: vem comigo, eu sei onde eles moram. Vamos tentar descobrir se eles têm a tua bicicleta."

"A sério? Bem não custa nada tentar." Reparei que ela estava a mexer no porta-bagagens da mota. Assim que ela tira um capacete extrw lembro-me que o ter que ir com ela, significa ir de mota.

"Vá, tens aqui um capacete. Sobe." Ao reparar na minha exitação ela pergunta. "Nunca andaste de mota pois não?" Abano que não com a cabeça. "Não te preocupes, é como andar de bicicleta, mas mais estável. Vá monta na mota e vais ver como é seguro."

Subi a mota e reparei que ela não era instável. "Ok, já me sinto mais à vontade. Vamos então."

"Agarra-me com força se tiveres medo. Não te deixo cair." Ela começa a andar lentamente com a mota, e com o receio, agarrei-me com força a ela. Estava completamente coloda ao torço da Anabela. Alguma coisa estava a deixar-me nervosa, não sei se o facto de estar a andar de mota, ou sentir o meu corpo todo a cobrir o dela.