Capítulo 7 - Anabela

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Não percebi a súbita reação dela, tentei ajudá-la, trouxe o pequeno almoço. Será que alguma coisa que eu disse a ofendeu. Antes que eu pudesse ir atrás dela, oiço o telemóvel a tocar.

"Estou sim?"

"Então minha linda, ontem não me deixas-te dormir aí."

"Pois Sofia, lembras-te o estado em que estavas?"

"Não estava assim tão bêbada calma. O que me dizes de compensarmos a noite perdida de ontem e termos um fim-de-semana só nosso?"

"Ok." Não tinha mais nada a dizer. Por um lado precisava urgentemente de companhia, por outro não tinha muita vontade em vê-la.

"Prepara-te e vem-me buscar a casa." Desligo o telemóvel.

Após tomar um longo banho e aprontar-me, desço as escadas e encontro a Joana.

"Ora viva companheira."

"Estou de rastos, mal dormi esta noite aqui no sofá."

"Ninguém mandou gostares de socorrer donzelas em perigo."

"Vê se não mudo de ideias e tu, donzela terás que voltar para o perigo."

"O quanto adoro o teu humor matinal."

"Por falar em donzelas, vou passar o fim-de-semana com a Sofia, por isso não me esperes em casa esta noite."

"Nem vou comentar novamente essa história. Estar com alguém s''o por causa de sexo apenas te preenche numa vertente."

"Fala a voz da experiência sem dúvida. E tu quando pensas começar à procura de alguém, sabes que já passaram 2 anos. E tu própria já me disseste que estás preparada para avançar numa nova aventura. Sabes que era isso que ela queria, que nunca esquecesses o passado com ela, mas que também não ficasses preso ao mesmo. Ela queria que fosses feliz."

"Eu sei disso, mas é complicado tomar essa iniciativa. Mas acho que estou de olho em alguém."

"Hum quero saber tudo conta."

"Pode-se dizer que conheci alguém nos últimos tempos. E ela é divertida, bondosa, e sabe escutar a minha dor."

"É ao menos atraente?"

"Bastante, não tens noção. É de tirar o fôlogo a qualquer um."

"Já se envolveram?"

"Claro que não, credo, tenho que levar as coisas com calma, afinal já lá vai algum tempo. E ainda não a convidei para sair."

"Então estás à espera de quê?"

"Sabes que não tenho a mesma confiança que tu, não sou tão bonita como a Sofia, nem tão misteriosa como tu."

Aprecei-me em cair no sofá e dar-lhe um grande abraço. "Avisa-me quando o misteriosa funcionar para algo de jeito. Entretanto, tu és linda, engraçada, material para casar. Essa mulher seria parva em não aceitar em estar contigo. Não deixes de tentar."

"Hum é o que eu vou fazer. Obrigada. Aproveita o teu fim-de-semana."

"Até amanhã." E saí pela porta feliz por saber que a Joana estava a tentar envolver-se com alguém e avançar com a sua vida.

Em 15 minutos chego de mota em casa da Sofia. Assim que ela me abre a porta empurra-me para dentro da casa e beija-me violentamente. A necessidade e a carência eram enormes, por isso não fiz nada senão retribuir da mesma forma o avanço dela. Sem dúvida que sexo era a coisa mais fácil com que lidar de momento, e não tenho problemas em admiti-lo.


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