Um Toque de Voleibol

Capítulo 29 - Anabela

Despedimo-nos da equipa e fomos andando lentamente para o Hotel, apenas encarando a noite e falando sobre o jogo. Estava orgulhosa dela, o jogo estava bastante difícil para o nosso lado, mas ela conseguiu não demoralizar-se por isso, e acámos por encontrar a estratégia certa para conseguirmos vencer o jogo.

Assim que chegámos ao Hotel, decidimos pedir uma garrafa de vinho ao serviço de quartos e algumas coisas para petiscarmos. Assim que servimos o vinho, a animação anterior mudou para um silêncio excurtinante. Nenhuma de nós sabia por onde começar a conversa.

"Sabes, estive a pensar no que disseste ontem." Acabei por dizer.

"Eu não queria te precionar a nada, só queria que soubesses o que sinto por ti."

"Eu sei. Não quero magoar a Joana e também não sei se estou preparada para partilhar os meus sentimentos novamente com alguém."

"Eu não sou a Tatiana, nem estou a pedir por uma relação séria. Apenas expus o que sinto para que se for recíproco, tentarmos ver no que dá."

"E achas que é?" Perguntei.

"O quê?" Ela estava confusa.

"Reciproco?" Ao ver a minha dificuldade, ela levantou-se da cama, onde estava sentada e começou a andar lentamente na minha direção. Parou, centímetros do meu corpo, desafiando-me para conseguir dar-lhe a resposta que ela queria. Aproximou-se da minha boca, e susurrou-me "Tenho a certeza, e vou demonstrá-lo." Ao finalizar estas palavras, e sem pedir permissão, beija-me. Não consegui resistir e retribuí com a mesma voracidade. Não tinha mais por onde esconder, estava completamente à mercê dela.

À medida que o beijo intensificou-se, as nossas mãos começaram a explorar o corpo uma da outra como se tivessem urgência. Acabamos por cair na minha cama, ela por cima de mim. Tirei-lhe a t-shirt, e quando os nossos lábios voltaram a tocar-se, senti os gemidos dela sobre a minha boca.

As mãos dela aventuraram-se também pelo meu corpo, e quando consegui ter um momento para respirar, já não possuíamos qualquer peça de roupa no corpo. Após um longo suspiro ao olhar para o corpo dela, comecei a percorrer o peito dela com a minha língua, atenta ao impacto que tal contacto estava a ter na respiração dela.

Desci e coloquei-me a meio das pernas dela, levando-a à loucura. Assim que senti a respiração dela acalmar, sem perder mais tempo, ela revirou-me na cama, colocando-me por baixo dela e entrelaçando as pernas dela com as minhas de forma a ambas sentirmos a pressão.

"Agora é a minha vez. Estou desejando devorar cada pedaço do teu corpo." Sussurrou ao meu ouvido, fazendo-me tremer de prazer. Passou a boca em cada parte do meu corpo e sem qualquer aviso, virou-me de costas e fez-me erguer o torso. Sentia o peito dela exposto nas minhas costas, relembrando-me da sensação que tive quando ela andou pela primeira vez na minha moto. Parecia que ela sabia exactamente o que eu queria, e penetrou-me, levando ao meu extase.

"Sabes que de todas as vezes que andaste de moto comigo, nos meus sonhos era isso que eu queria que fizesses comigo." Disse assim que nós deitamos exaustas na cama.

"Quem diria que a super capitã gosta de ser dominada." Ouvi ela dizer na brincadeira.

"Acho que vou ter que me vingar então." Respondi já prevendo o que iríamos voltar a fazer, e sem demoras voltamos a unir as nossas bocas e corpos.

Era já de madrugada quando finalmente sentíamos demasiada exaustão no corpo. Senti-a a adormecer no meu peito. A minha respiração ainda estava a tentar voltar ao normal, mas conseguia sentir o aroma dos cabelos dela. Estava completamente relaxada.

Quando acordei no dia seguinte, a Rita ainda dormia, mas de costas para mim. Suspirei ao lembrar-me da noite anterior ao ver o corpo despido dela. Ainda era cedo para acordá-la por isso vesti a minha roupa desportiva, e fui à minha corrida matinal. Acabei por correr até à praia, e sentei-me no areal, a pensar em tudo o que tinha acontecido. Estava determinada em falar com a Rita e decidirmos o que irá acontecer daqui para a frente.