Capítulo 3 - A volta às aulas

71 7 7
                                    




Para todos aqueles que apoiaram e incentivaram a minha leitura e amor por esse vasto e incrível universo dos livros.








Wander acordara ao som de seu alarme. Com sono, ele tateou o seu criado mudo à procura de seu celular. Quando o achou, ele tentou desligar o alarme, mas não conseguia clicar no lugar certo. Por fim, ele teve que pegar o telefone e desliga-lo.

Wander colocou o celular de volta em seu criado mudo. Ele já praguejava o recomeço das aulas quando lembrou que, naquela sexta feira, ele iria ao tour à cadeia local. De repente, a animação tomou conta de si e ele saltou da cama.

Ele pegou seu uniforme no guarda-roupas e se trocou às pressas. Ele foi para frente do espelho, alisou um pouco a roupa, afim de desamarrota-la um pouco. Certo, já era o suficiente.

Em sua penteadeira, ele pegou um pente e começou a se pentear. "Ai!", resmungava Wander vez ou outra, quando o pente puxava seus nós de fios de cabelo. Ele estava ,realmente, embaraçado!

Depois que desembaraçou o seu cabelo, Wander começou a penteá-lo de verdade. Mas os fios sempre voltavam à sua posição original. Aquilo lhe enfezaria num dia normal, mas, hoje, nada nem ninguém tiraria o seu bom humor.

Wander resolveu ir ao banheiro molhar o cabelo. Depois de o fazer, ele ficou mais maleável e fácil de arrumar.

Um pouco de perfume, e desodo-rante. "Droga", resmungou Wander, que já vestira a camiseta. Ela a retirou, passou o desodorante e se vestiu novamente.

O que mais ele devia fazer? O tênis. Como se diz, "quanto mais pressa, mais demora".

Wander desceu a escadaria aos pulos. Ele foi para a cozinha e pegou uma maçã na mesa.

— Tchau, mãe. — disse, a boca cheia.

Antes que Jessica sequer percebesse a despedida, Wander já deslanchara para fora de casa. Mas ele teve que voltar para fechar a porta que deixara aberta ao sair.

— Tchauzinho, my daughter. — aproveitou a mulher.

Wander voltou a correr pela calçada o mais rápido que conseguia, diminuindo o ritmo às vezes, para morder um pedaço da maçã e não se engasgar com ela. Mas logo ele engolia e voltava ao ritmo normal.

Wander passou na casa de Marah, e ela se viu forçada a acompanha-lo correndo a uns dez metros de distancia.

Ainda faltava muito chão para chegar à escola, e Wander não era de ferro, portanto, foi se cansando e desacelerando. Por fim, ele parou e se sentou no meio-fio, ofegante, para descansar.

Marah achou que poderia alcança-lo, mas, assim que tomou o mínimo de ar possível para andar, ele se levantou e seguiu caminho. Mas, agora, ele andava numa velocidade normal.

Depois de uma quantidade de tempo muito menor que o normal, Wander virou a esquina de sua escola. Parado, em frente à construção, estava um grande ônibus amarelo escolar. Um homem meio desleixado com a vaidade estava escorado no veiculo. Wander nunca o vira; deveria ser o motorista do ônibus. "Será nesse ônibus", pensou Wander, "que vou à cadeia".

Alma de Golem (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora