Capítulo 7 - Capturado

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Para todos aqueles que apoiaram e incentivaram a minha leitura e amor por esse vasto e incrível universo dos livros









garoto começava a acordar. Sentia um leve aperto em seus pulsos. O corpo todo doía, como se ele houvesse se queimado. Ele estava numa superfície dura e lisa, desconfortável para se dormir. Ele deu um baixo gemido de dor. Abriu os olhos. O lugar onde estava era escuro, mal dava para se ver o contorno do cômodo. Levou a mão à sua latejante cabeça.

Wander se sentou com esforço. Ele olhou para o pulso direito e viu aquilo; a algema-anti-Golem. O aro de metal envolvia ambas as suas mãos.

Depois de um tempo, quando sua cabeça melhorou um pouco, ele se levantou e começou a andar para lá e para cá. Seus pensamentos estavam a mil. Seus braços ainda doíam da queimadura que sofrera ao desplugar aquela tomada, mas, agora, pelo menos era suportável.

E pela enésima vez, ele se sentou no chão com as costas apoiadas na parede. O garoto suspirou.

O tédio já começava a invadi-lo, mesmo com a adrenalina de preocupações correndo por suas veias. Não havia nada acontecendo.

Era tudo um tédio.

Ele se levantou.

Andou em círculos novamente.

Observou a sala escura.

Se sentou.

Pensou na vida.

Brincou com a algema-anti-Golem, ignorando a dor nos braços.

Não havia nada acontecendo.

Era tudo um tédio.

Ele se levantou.

Andou em círculos novamente.

Observou a sala escura.

Se sentou.

Pensou na vida.

Brincou com a algema-anti-Golem, ignorando a dor nos braços.

Não havia nada acontecendo.

Mas, então, Wander ouviu um rangido, característico de dobradiças enferrujadas. Um flash de luz saiu de uma fresta da porta, agredindo os olhos do garoto. E a porta se abriu por completo, e lá de fora, entrou um homem.

O dito cujo vestia uma farda de policial, era alto, musculoso e intimidador. Usava um óculos escuros e um fone na orelha esquerda. O homem carregava um prato de comida.

— Por favor, pode me dizer aonde estou? O que é que tá acontecendo?! — implorou Wander por uma resposta.

Mas tudo o que o brutamontes fez, foi colocar o prato no chão, perto da porta, e sair.

— Não, espera! — gritou Wander, correndo até a porta, assustado.

— Tenho pena de você... — murmurou o guarda antes de sair.

A porta se fechou antes que o adolescente chegasse. Ele, então, ouviu um estalido de metal. A porta estava trancada. Lágrimas de frustração se formaram nos olhos de Wander. Irado, ele socou a porta com todas as forças.

Alma de Golem (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora