Alma de Golem (completo)

Capítulo 9 - Grupo rebelde

Para todos aqueles que apoiaram e incentivaram a minha leitura e amor por esse vasto e incrível universo dos livros

Marah abraçou o namorado, buscando dar-lhe um mínimo de conforto diante daquela situação. Wander continuava chorando, de luto por sua mãe. Ele estava preocupado com sua irmã; será que aqueles desgraçados seriam capazes de perseguir até mesmo à Tânia, que não tinha nada a ver com aquilo. Mas Wander não duvidava de nada vindo do estado agora.

— Aí, vocês dois! — o grito fora direcionado a eles — Por aqui! Sigam-me!

Wander olhou para quem o havia chamado. Era um homem musculoso e alto e corria pela rua. O garoto não sabia se devia confiar nele, mas logo Marah o segurou pelas mãos e correu atrás do outro.

— Vamos, ele está do nosso lado.

Wander fez o que sua amada disse. Enquanto corriam pelas ruas caóticas, seguindo o aliado desconhecido, Wander e Marah conversavam:

— O que raios está acontecendo? — questionou Wander.

— Um ataque. Lembra-se do que fez? Quando você desligou a energia da prisão, ouve uma explosão e os circuitos dos geradores de emergência queimaram. Todos os prisioneiros foram libertos. Os criminosos iniciaram esse caos todo, e os inocentes iniciaram uma revolta. Buscaram aliados para poder te libertar, afinal, foi você quem ocasionou isso.

— Credo, não jogue a culpa disto em mim!

— Desculpe, não estou o culpando, pelo contrário, estou te congratulando. Enfim, continuando. — Marah já começava a suar — A informação acabou vazando e houve um massacre nas nossas forças. Foi aí que eles... mataram-na. E, como não havíamos parado, mesmo com menores forças, eles decidiram executá-lo publicamente.

— Espera, eles não planejaram isso desde o início?

— Te matar? Sim. Mas não planejavam levar isso ao público. Certo... Depois de alguns dias, nós conseguimos um forte aliado: Uma pessoa que era capaz de retirar as algemas anti-golem! — viraram uma esquina.

— Espera, mas contando tudo isso que você me disse, se passaram ao menos um mês!

— Você não estava prestando atenção? Você desencadeou uma explosão e quase morreu! Por algum motivo, o governo te salvou e o curou com drogas medicinais de última geração. Mas, mesmo assim, você esteve em coma por um mês e meio! Parece que eles te trataram muito bem! Esquisito, isso...

— Chegamos — avisou o aliado que ia à frente.

Marah e Wander também pararam de correr. Eles estavam de frente para um prédio todo acabado e abandonado. Logo em seguida, outras pessoas foram virando a esquina e parando ali.

— Vamos logo. — disse Marah.

— Vocês, para o térreo. — ordenou o aliado desconhecido — Vou organizar a vigília aqui e já vou falar com vocês.