Sóbrio? Talvez não

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- Leo, não é? por que você está fazendo isso? - Gaby não estava achando ruim de estar sendo arrastada por ele, mas também não queria se separar de seu filho.

- Desculpa, mas eu preciso checar uma coisa.

Os dois pararam bem ao lado de uma grande árvore de cerejeira que ficava próximo do local em que a barraca foi montada. Ficava bem próxima a coordenação e era bem alta, mas sob aquela luz Leo teve certeza de que seu amigo não o conseguiria ver.

Gaby se escondeu atrás do garoto, e tratou de observar também.

- Isso é errado, saímos para ir no banheiro, não para espiona-los, quem é aquela menina na bancada?

- Senhora por favor, eu sei que não é o mais correto, mas eu realmente preciso fazer esse teste.

Vários indivíduos passavam a todo momento por ali, a frente deles estava hora sim, hora não ocupada por pessoas, mas quando não, a visão era totalmente nítida.

Miguel estava a um passo de começar a tremer naquela fila, Tess estava passando por cima de todo mundo para ter seu lugar garantido no rodízio. Era difícil discernir as vozes, mas tudo o que ele precisava era saber o que estava acontecendo.

- Leo? - Disse uma voz conhecida, mas aleatória.

O moço se assustou e quando olhou para trás viu três pessoas juntas fazendo uma corrente, e o elo de ligação dessa, Laura.

- Oque?! Quem?! Porque?! - Disse ele se levantando, nitidamente assustado.

- Quem é essa mulher? - Disse a menina.

- Oie! - disse Gaby acenando felizmente para aqueles três.

- Espera - O garoto parou, respirou fundo e olhou para o trio. Ali ele reconheceu Laura e Abby, mas tinha um homem de uns 20 anos mais ou menos que ele nunca tinha visto.

Os três se soltaram, e Laura se aproximou um pouco dele.

- Oi Leo - Abby. A moça disse em um tom nostálgico, corou, mas virou o rosto assim que falou. Aquela mulher tinha um temperamento forte e influente, então aquela reação era um tanto quanto fofa, e quase não era vista por ninguém. - A quanto tempo - completou, ainda sem olhar para ele.

Laura revirou os olhos, do jeito que estava era melhor ela fazer as cordialidades.

- Muito prazer - disse o homem - Meu nome é Alisson, sou o namorado dela.

Ele estendeu a mão vagarosamente, mas quem a retribuiu foi Gaby.

- Sou Gabriela, a mãe do Miguel. - Ela parecia contente.

A mulher olhou para aqueles três um pouco e acabou por lembrar da menina do meio, sua visão se focou completamente na garota e não refletia mais nada além dela.

- Você está bem mocinha?! - No instante seguinte ela estava pendurada no pescoço da Laura, tentando analisar qualquer machucado aparente. - Desculpa pelo outro dia, eu nem prestei os primeiros socorros.

- É porque foi de propósito senhora, desculpe por me jogar na frente do seu carro. - Laura não negou o toque dela, mas queria que parasse logo.

- Srta. Cooper? - Uma voz autoritária, aquele era o momento em que Abby mais parecia uma mãe do que uma irmã. A mulher segurou a cabeça da jovem, e a fez virar para ela lentamente - Você pode me explicar como isso aconteceu?!

Gaby ficou com os olhos marejados, mas depois fez uma expressão séria.

- A culpa foi toda minha, não brigue com ela, ainda é uma criança.

Missões cruzadas (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora