we study;

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— Tem certeza que não quer ficar comigo?

— More, o trabalho é seu com ele, não tem pra onde fugir!

Bufei irritada e deixei Luan na rua entrando pra dentro de casa. Meus pais não estavam como já era esperado. Chequei meus e-mails e guardei meus livros que usava pra estudar pro Enem.

Esquentei meu almoço, comi e escovei bem os dentes... vai que né... já eram duas e quarenta quando minha campainha tocou. Automaticamente meu coração disparou.

Fui pro portão, respirei fundo e abri.

— Chegou cedo! — ele me deu um beijo no rosto.

— Sério? Eu vim correndo achando que iria me atrasar. — dei espaço para que entrasse.

— Mas sem problemas... vai ser bom que acabaremos cedo. Fica a vontade, vou buscar meu caderno.

O deixei na sala e subi as escadas de pressa, busquei minha mochila, me olhei no espelho e logo desci.

— Bom, você... quer comer alguma coisa antes de começar?

— Melhor depois.

Me sentei um pouco distante dele e joguei meu livro de matemática na mesa de centro enquanto ele observava.

— Bom, podemos dividir não é? Eu faço dez questões e você dez.

— Pra ser bem sincero, eu não sei fazer isso.

Ele sorriu e eu mordi os lábios um pouco nervosa.

— Ok, eu te ensino.

Comecei a explicação e o Neymar assentia dizendo entender tudo. Mas na hora da prática saia tudo errado.

— O resultado não é esse, Neymar.

— Desisto! Eu não sei fazer isso. E nem vai ser útil pra mim. — ele cruzou os braços um pouco bravo.

— Você não vai fazer Enem?

— Não. Vou ser um jogador de futebol!

— Bem... isso é um futuro incerto. E se eu fosse você, pensaria pelo menos numa faculdade pra fazer.

— É o que eu quero pra mim, Ayla... não me vejo fazendo outra coisa.

— Então tá bom, boa sorte! — sorri — e já que eu fiz praticamente todas as fórmulas... você vai preparar um lanche pra gente!

— Isso não estava no acordo!

— Vai logo que eu estou com fome.

— Folgada!

O levei até a cozinha e entreguei alguns ingredientes pra montar um lanche.

— Minha mãe ficou empolgada quando disse que viria aqui.

— Sério? Adoro ela. 

— Sério... ela acha que eu preciso de uma namorada, então toda menina que eu me aproximo ela diz ser uma probabilidade.

Soltei uma risada exagerada sem querer e ele me olhou sem entender. Mal sabe ele que eu estava rindo de nervoso.

— Seus pais também são assim?

— Não... eles só querem que eu entre pra uma boa faculdade.

— Normal. — deu de ombros — mas me diz, como anda seu coração Ayla?

— Batendo. — dei de ombros.

— Você entendeu.

— Por que você não responde isso pra mim, então? -cruzei os braços.

𝐁𝐀𝐃 𝐑𝐄𝐏𝐔𝐓𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora