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— Se esse não é o melhor lanche do McDonald's, eu não sei qual é — dei mais uma mordida no lanche em minhas mãos.

— Tu tava com fome mesmo, em? — Ele me olhou rápido prestando atenção no transito.

Olhei pro Ju sem camisa com os cabelos molhados e gargalhei, já se passavam das quatro da manhã e a hora de voltar pra casa já estava chegando.

— JUNTEI A GRANA DA PASSAGEM CONTANDO AS HORAS PRA GENTE MATAR A SAUDADE

— OH BEBÊ GOSTO MAIS DE VOCÊ DO QUE DE MIM — completei a música pra ele e rimos mais.

— Essa música é muito boa! — Neymar aumentou o som.

— Não é nada, ela só gruda na cabeça. — coloquei meus pés no painel do carro relaxando meu corpo.

— Nada disso, você tem um péssimo gosto musical! E tu tá folgando demais, né? — ele olhou meus pés jogados.

— Tudo que é seu, agora é meu também!

Deitei  o banco e coloquei minhas mãos atrás da minha cabeça e ele riu.

— Falando nisso... estava pensando...

— Uau, você pensa amor? — fingi estar surpresa.

— Você tá me tirando mesmo, né? — Júnior me deu um tapinha na cabeça e riu da minha cara — deixa eu terminar carai. Então... já que vou embora, é inevitável...

Já que eu vou embora, aquela frase fez meu estômago revirar de medo.

—... eu estava pensando, em deixar esse carro pra você. Tipo, seria bem mais fácil pra você ir pra faculdade, o que acha? — Ju me olhou rápido e voltou seus olhos pra estrada.

— Uou! — arqueei as sobrancelhas — estou chocada... tipo, não é necessário.

— Ayla, para de modéstia! — revirou os olhos — você sabe que precisa! E eu não vou estar aqui pra usa-lo.

— Você não precisa, tipo, reforçar que vai embora. Dói! — minha voz quase não saiu.

— Me desculpa, meu bem... — sua mão saiu do volante e pousou na minha coxa — você poderia dormir comigo, na minha cama. Só nós dois!

— Você sabe que eu preciso recusar esse pedido... eu já estou correndo um grande risco de estar aqui. Imagina dormir fora....

— Ayla, eu vou sentir sua falta.

Ele me encarou enquanto o carro estava parado no semáforo.

— Meu coração vai quebrar mais e mais a cada dia que passar longe de ti...

— Mas vamos ter fé, né? Eu vou conseguir te levar... mas como garantia vamos nos ver todos os dias durante esses sete dias que nos restam, ok?

Assenti que sim pra ele e engoli o choro, o carro dobrou a esquina de casa e Ju freou na frente do portão.

— Princesa entregue!

Ele me olhou e eu sorri sem falar nada, Ju tirou o cinto e se aproximou de mim acariciando meu rosto e eu fechei meus olhos pra sentir seu toque.

— Fica bem, ok?

— Amor... lembra do nosso encontro de amanhã? No caso hoje... — sorrimos.

— Lembro! Você queria que eu te falasse algo...

— Pode me dizer agora? — ele concordou — você realmente quer  que eu vá? Acha que não estamos nos iludindo? Quer dizer... temos meses de namoro, por mais que eu te conheça muito antes disso e saiba de cada detalhe teu, morar junto é algo muito mais complexo... eu tenho dentro de mim a certeza de que não vou desistir, eu apenas... sinto medo. Então por favor, seja franco comigo... — funguei.

— Ayla, eu prometo fazer o melhor por nós dois! Você acha que eu não sei da minha responsabilidade? Que se seu pai deixar você ir, eu vou ter que cuidar de cada passo seu, te proteger de tudo e nunca te abandonar amor... e seu pai nem precisa me pressionar pra eu fazer isso por você. Eu também tenho medo mas eu prefiro confiar em você e acreditar em nós. Eu prometo não te deixar bebê... e eu juro quero você comigo lá.

O abracei com toda a minha força não desejando sair dali mas eu precisava entrar, o dia já estava chegando.

— Fica bem, tá legal? Eu volto hoje e te levo no cinema. — Ju segurou meu rosto e me deu um selinho.

— Eu escolho o filme! — ele revirou os olhos e eu sai do carro rindo.

— Dorme bem, preta! Eu te amo e se cuida.

— Te amo também e sonha comigo. Avisa quando chegar!

Botei minha cabeça no carro pela janela e dei um ultimo beijo nele antes dele partir. Eu vou sentir saudade de madrugadas como essas. Com meus All Star brancos nas mãos abri o portão me esforçando pra não fazer barulho, em seguida o tranquei e corri pra porta principal da minha casa. Me virei para fecha-la e eu quase não respirava com medo desejando estar no meu quarto o mais depressa possível Me virei e sai na ponta dos pés para a escada.

— Boa noite Ayla!

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E ai beus abores!!! Tudo bom?  o barraco vai ser real no próximo capítulo e já passou da hora da nossa princesinha Ayla despertar o diabinho que todo adolescente tem no corpo, não é?

AGUARDEM! DEEM ESTRELINHA & COMENTEM! <3

𝐁𝐀𝐃 𝐑𝐄𝐏𝐔𝐓𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora