Teach us something, please

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A sua primeira aula fora Poções, um horário duplo junto com a Sonserina. Hermione sempre se perguntara a razão dos professores – ou seja lá quem organizava esses horários – colocaram Grifinória e Sonserina juntas. Desde que pisara em Hogwarts pela primeira vez, as duas casas viviam em um tipo de batalha constante uma contra a outra.

"Dupla Poções com a Sonserina," ela suspirou ao descer pelas masmorras ao lado de Minerva e Charlus.

"Não se preocupe, as aulas de Poções são legais, você nem vai notar que são dois horários seguidos." McGonagall sorriu para ela e apontou para a porta de madeira ao fim do corredor. "Aquela é a nossa sala. Não se esqueça do caminho para cá, pois as únicas pessoas para as quais poderá pedir ajuda caso se perca nessas masmorras são os sonserinos, Pirraça e o Barão Sangrento."

"Pirraça é o nosso poltergeist," explicou Charlus, rindo baixinho. "Ele gosta de mandar as pessoas para os caminhos errados. Quando eu estava no primeiro ano, me perdi indo para a torre de Astronomia e fui idiota o suficiente para pedir ajuda pra ele."

"Charlus acabou aqui nas masmorras naquele dia." Minerva riu, sacudindo a cabeça. "Acho que essa é a sua primeira lição aqui em Hogwarts: não confie em Pirraça, ele consegue enganar todo mundo."

"E o Barão Sangrento?" perguntou Hermione enquanto observava um grupo de meninas sonserinas passar por eles. Uma delas, uma garota baixinha com cabelos cacheados escuros e bagunçados, cujos óculos estavam quase caindo da ponta do nariz, parou no meio do caminho e olhou para trás, acenando rapidamente para eles.

"O Barão é o fantasma da Sonserina," disse a outra grifinória, sua voz soando levemente distante e suas sobrancelhas se franzindo enquanto observava a bruxa sonserina rir e voltar para perto de suas amigas. "Ele é meio quietão, sempre sozinho. Quase nunca fala com os alunos e professores... E Nick diz que até com os fantasmas ele é assim, carrancudo."

"Eu fico imaginando como ele morreu," disse Potter e só agora Hermione notara como seu rosto estava levemente corado. "Digo... Ele é coberto de sangue, Hermione, você precisa ver! Sangue prateado da cabeça aos pés!"

"Sim, porque isso é muito legal, Charlus." McGonagall faz uma careta. "Aliás, preste atenção na sua cara. Sua quedinha está a mostra."

"É legal, Minnie... 'Pera, o que? Pare com isso!" o rapaz falou, indignado, perdendo o sorriso de seu rosto.

"Bom, não se preocupe, a dela também está a mostra." Minerva virou-se para Hermione e deu uma piscadela. "A sonserina era Dorea Black. Charlus é apaixonado por ela desde... Desde quando?"

Se aquela garota era a bruxa por quem Charlus Potter era apaixonado... As chances de ela ser a avó de Harry Potter eram enormes. Certo, tanto Charlus quanto a menina sonserina ainda eram adolescentes, mas Hermione sabia como era comum gente nova se casar naqueles tempos. Sem contar que, agora que ela parava para pensar, a garota a fazia pensar em Harry de certa forma. Ela tinha uma altura mediana, como seu amigo, e parecia tão tímida quando o próprio Harry. Sem contar aquela bagunça de cabelo escuro, tão diferente dos cabelos castanho claro e bem penteados de Charlus. Apesar de o rapaz lembrar seu amigo, ele era mais tagarela e solto, diferente do outro Potter, que conseguia ser até meio desengonçado dependendo da situação.

"Minerva..."

"O que? Hermione é nossa amiga e amigos devem saber tudo sobre os outros."

"Vou indo pegar nossos lugares, Minnie, a gente se vê na sala." O bruxo tentou parecer sério, mas deixou um risinho escapar assim que deu as costas para elas, indo na direção da sala de aula.

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