Witch Hunting

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Tom sentia falta da Hogwarts do feriado. Sentia falta dos corredores e salões silenciosos. Sentia falta de não ter que ouvir Avery falando sobre Quadribol e Walburga tagarelando no seu ouvido enquanto se agarrava ao seu braço. E, apesar de gostar das aulas, o garoto simplesmente não conseguia se focar por muito tempo graças ao fato de seus pensamentos sempre se voltarem para a Dama Cinzenta e seu pai.

Por outro lado, ele agora conseguia dormir. E não estava mais sonhando com o trouxa. Talvez ele tivesse desistido de o incomodar. Quanto a Helena Ravenclaw... O fantasma estava o evitando a todo custo e Tom estava feliz por já ter conseguido tirar dela a informação sobre o diadema de Ravenclaw antes de toda aquela confusão acontecer. Mas agora ele estava curioso em relação a outras coisas acerca de Ravenclaw e se odiava por ter tal interesse. Saber que o marido de Rowena Ravenclaw era um trouxa ou saber mais sobre tal indivíduo não lhe traria nada de útil, mas não conseguia evitar de se sentir tentado a ir perguntar sobre isso para o retrato dela.

"De vez em quando me pergunto como você não está na Corvinal," disse Walburga Black enquanto se apoiava em seu ombro, olhando para o livro que ele tinha aberto em seu colo enquanto sentava em uma das poltronas no salão comunal da Sonserina. "Você é tão inteligente."

"Inteligente não é algo exclusivo da Corvinal," murmurou Tom, seus olhos ainda focados no livro.

"Dizem que ela era a bruxa mais bela do seu tempo." A garota apontou para a ilustração que adornava a página do livro e que mostrava Rowena Ravenclaw. "Na verdade, tem gente que diz que ela foi a bruxa mais bela de todos os tempos."

"As pessoas gostam de mistificar os fundadores: Rowena era a mais bela; Godric, o mais valente; Slytherin, o mais cruel e Hufflepuff, a mais gentil. Você realmente acha que nunca existiu alguém mais bonita que Ravenclaw durante todos esses anos que se passaram desde que ela morreu?"

"Oh, Tom." Walburga riu. "Não diga isso para o retrato dela."

"Eles eram apenas pessoas, os quatro fundadores. Criaram uma escola e isso foi ótimo, mas eles eram bruxos e bruxas como nós. Eles não eram deuses."

"Não era você que idolatrava Salazar Slytherin, Tom?" perguntou Canopus de onde estava sentado no sofá. "Lembro que você costumava ler todo livro que tinha sobre ele. E agora você está obcecado por Ravenclaw, é isso mesmo?"

"É mais legal estudar sobre alguém como Ravenclaw do que alguém como Slytherin, se me permite dizer," disse Abraxas, que havia acabado de entrar no salão comunal e, muito provavelmente, pegara a conversa no meio do caminho. "O retrato dela é mais legal que o de Slytherin."

"O retrato dela nunca abriu a boca para falar comigo." Walburga fez uma careta. "E Merlin sabe a quantidade de vezes que eu a cumprimentei. Ela é meio grossa."

"Ela gosta do Abe." Canopus encolheu os ombros. "Mas acho que ela está ficando louca. Pinturas podem enlouquecer? Oh, bem, eu a vi falando com o nada hoje mais cedo. Aliás, Abe, sobre a nova formação do time..."

Assim que a conversa se converteu para o Quadribol, Riddle deu um jeito de se desprender dela, prestando atenção no livro outra vez. Era um livro antigo, da Sessão Restrita, que tinha quase que algo mais aprofundado sobre os fundadores de Hogwarts, mas ainda não mencionava nada de útil. Havia algumas coisas interessantes sobre Slytherin e Hufflepuff, uma lenda antiga sobre a família Ravenclaw, mas nada sobre a sua filha e marido. Na verdade, havia uma pequena menção a Helena Ravenclaw, algo sobre 'nunca ter alcançado a reputação de sua mãe', mas isso não era útil.

O rapaz não conseguiu ficar muito tempo prestando atenção na leitura, antes de outra coisa chamar a sua atenção.

"É verdade, então? Ela é uma sangue-ruim?

Kolybel'nayaOnde histórias criam vida. Descubra agora