Clodes Minds

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"E ela matou Dobby."

"O que?" perguntou Hermione, franzindo as sobrancelhas enquanto encarava Harry.

"Ele nos ajudou a escapar, mas Bellatrix o atingiu na hora em que estávamos saindo," o rapaz explicou, olhando para as próprias mãos. "Ele conseguiu nos aparatar até a casa de Bill, mas morreu logo em seguida."

"Aquela mulher horrível." A bruxa sacudiu a cabeça, amaldiçoando Lestrange enquanto sentia seus olhos arderem com lágrimas. "E como vocês estão? Você e Ron?"

"Estamos bem. Estamos ficando no Chalé das Conchas por enquanto, até pensarmos no que fazer. A gente acha que deve ter uma horcrux no cofre de Bellatrix no Gringotts, pelo jeito que ela agiu quando pensou que tivéssemos pego a espada de lá." Harry suspirou e esse som suave ecoou ao redor deles. Tudo parecia ecoar ali. "Mas não podemos simplesmente entrar no cofre dela..."

"Vocês teriam que roubá-lo."

"Sim."

"Mas vocês não podem!" disse Hermione, sentindo seu estômago revirar. "Assim, se procuram sob o nosso chão um tesouro que nunca enterraram," ela repetiu as palavras que lembrava de ter lido na primeira vez que fora até o banco dos bruxos. "Ladrão, você foi avisado, cuidado, pois vai encontrar mais do que procurou."

"Eu sempre achei incrível como você consegue decorar as palavras exatas que você lê." Harry deu um sorriso cansado enquanto pegava as mãos dela nas suas. "Quirrel invadiu o banco quando estávamos no primeiro ano, lembra?" Ele riu baixinho, apertando os dedos dela de leve. "Além disso, quantas regras nós já não quebramos desde que começamos Hogwarts?"

"Regras demais."

"E nós temos Grampo, o duende, do nosso lado. Ele pode nos ajudar a entrar no banco. Ele conhece aquele lugar."

Hermione encarou o rosto do amigo e sentiu o coração apertar. Enquanto ela pôde se recuperar da caça às horcruxes, Harry não teve a mesma sorte. Seu rosto estava mais pálido do que o normal e havia manchas roxas debaixo de seus olhos, junto com alguns arranhões e hematomas em seu rosto. Seu cabelo estava mais bagunçado do que ela se lembrava e muito mas comprido. Ele parecia exausto, machucado e assustado.

"Tenha cuidado, por favor." Ela sentiu um nó se formar em sua garganta enquanto as lágrimas inundavam seus olhos. "Queria poder ajudá-los..."

"Hermione, vai ficar tudo bem," disse o rapaz, sorrindo outra vez.

"Poção Polissuco, tente achar um pouco dela. Aposto que Olho Tonto tinha um estoque delas, tentem entrar em contato com a Ordem. Feitiços de desilusão, ilusões, Capa da Invisibilid- não."

"O que foi?"

"A capa," ela sussurrou, fechando os olhos com força e sentindo os dedos de Harry sumirem de suas mãos. "A capa está na minha bolsa! Deus, não, não, não! Harry-!"

Quando Hermione abriu os olhos outra vez, não havia Harry Potter na sua frente, assim como ela não estava naquele lugar onde o branco predominava, mas sim em sua cama no dormitório da Grifinória. Sua respiração estava acelerada e ela sentia as lágrimas escorrendo por seu rosto, seguidas por soluços silenciosos que ela não conseguia controlar. Sentando-se, a garota enfiou a mão por entre o colchão e a cabeceira de madeira, tirando dali a sua bolsinha de contas. Abriu-a com pressa, tirando dali uma capa prateada, a qual segurou por um tempo antes de jogá-la para o outro lado da cama.

"Maldição!" A bruxa escondeu o rosto nas mãos. Harry e Ron estavam correndo contra o tempo para derrotarem Voldemort e os Comensais enquanto ela estava presa em 1944, em Hogwarts, estudando e conversando com futuros Comensais e recebendo ajuda de Lord Voldemort... E, ainda assim, ela tinha a Capa da Invisibilidade. "Merda..."

Kolybel'nayaOnde histórias criam vida. Descubra agora