VIII

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RICARDO

VIII

O garoto chegou em casa com a cabeça fervendo

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O garoto chegou em casa com a cabeça fervendo. O que raios que estava acontecendo com aquelas garotas? Essa era a parte ruim de ser o único garoto do grupo, muitos hormônios para lidar. Muitas vezes ele não conseguia acompanhar as amigas. Com um suspiro pesado ele segue direto para o banheiro.
Depois de um banho frio ele conseguiu colocar ordem em seus pensamentos e passou a raciocinar com mais clareza. Logo sua mente viajou até Alice e lembrou da confusão. Rapidamente alcançou seu celular e ligo para a garota, mas a mesma não lhe atendia, o que o deixou muitíssimo preocupado. Após algumas tentativas frustradas ele resolve ligar para Victória, a amiga com certeza saberia o que estava acontecendo com Lice.
A amiga atende no terceiro toque.
- Oi! - Fala a garota cumprimentando Ricardo.
- Olá Vicky. Você sabe onde está a Alice? Estou tentando falar com ela, mas não consigo. Estou ficando preocupado, ela saiu correndo e depois não a vi mais. - Ricardo despeja as palavras com uma rapidez que não lhe permite respirar.
- Ri, a Lice está no hospital. - Conta a amiga com uma voz chorosa. - Ela passou mal e eu a trouxe para cá.
- Ela está bem? - Pergunta ele com o coração batendo forte no peito.
- Bem... ela passou mal e eu achei melhor ir correndo até o pronto-socorro. - Explica a garota.
- O que aconteceu? - Indagou Ricardo preocupado.
- Nem eu sei direito, Ri. - Responde Vicky aparentemente confusa.
- Estou indo até aí. - Ele diz tomado em convicção. Precisava saber o que estava acontecendo.
Tudo não passava de um borrão em sua volta, seus pensamentos estavam todos voltados para Alice. O que havia acontecendo com ela? Por que foi parar no hospital? Era grave? Essas e outras perguntas circulavam a mente dele.
Depois de vestir a primeira roupa que apareceu em sua frente, ele desceu as escadas de dois em dois degraus e pegou a chave do carro que estava sobre o balcão da cozinha. Não se importava com o que seus pais iriam falar, o importante para ele naquele momento era ir encontrar Alice e ter a certeza de que ela estava bem.
O trajeto até o hospital foi envolto de pensamentos direcionados para seus curtos, porém, maravilhosos, momentos com Alice. Essas lembranças fizeram com que seu coração batesse mais rápido, e apesar de não ter ido correndo ele chegou ofegante ao local.
Assim que entrou seus olhos vasculharam o ambiente e viu Victória na sala de espera. A garota também o viu e veio ao seu encontro. Sua amiga estava com os olhos vermelhos e inchados, provavelmente de chorar e seu coração se encolheu do tamanho de um grão de mostarda ao ver a garota naquela situação e imaginar o que teria acontecido para tê-la deixado assim.
- Vicky o que aconteceu? Como está Alice? - Pergunta Ricardo.
- Eu não sei muito bem, Ri. - Havia um pesar na sua voz. - É como eu já expliquei, ela não estava bem.
Os dois caminham até onde Victória se encontrava antes e Regina também estava lá.
- Dona Regina... - Fala Ricardo tocando de leve o braço da mulher.
- Olá querido. - Cumprimenta a senhora de cabelos castanhos, com um sorriso cansado.
- A senhora tem alguma notícia? - Pergunta.
- Marcos está lá dentro com ela. - Responde ela. - E também já liguei para minha irmã, Alice que me perdoe, mas eles precisavam saber. - A mulher proferiu a última frase quase em um sussurro.
Os três ficaram sentados impacientes por alguma notícia de Alice.
- Ri... - Disse Victória de repente. - Vamos buscar um pouco de água? Estou precisando fazer algo, ficar aqui parada me deixa nervosa.
Ele olhou confuso, sem entender o que se passava com ela, afinal a amiga nunca foi de se incomodar com essas coisas.
- Por favor. - Reforça a amiga e ele acaba cedendo e indo com ela.
Com um suspiro pesado ele sai atrás de Vicky.
Eles pegaram a água e voltaram para a sala de espera, onde Marcos, o tio de Alice, conversava com Regina.
- Como ela está? - Pergunta ele esperando uma boa notícia.
- Eu estava falando que ela está bem. - Responde Marcos e Ricardo sente um alívio em seu peito. - Porém, ela precisa ficar em repouso e em observação, vai passar a noite no hospital. Talvez receba alta pela manhã.
- Mas o que aconteceu com ela? - Pergunta não conseguindo mais controlar a ansiedade.
Os três se entreolham e Ricardo achou estranho aquilo, mas resolveu ignorar o fato.

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