XIV
SUZANA
O que estava acontecendo? Essa era uma pergunta que não saia da cabeça de Suzana. A garota ficou atordoada com que acabara de acontecer, seus olhos ardiam e o ritmo de seu coração estava frenético e a preocupação com Kat era algo que martelava em seu peito. Assim que a poeira, literalmente, baixou, ela saiu em busca da sua namorada.
Seguiu pelo meio das pessoas assustadas, chorosas e tão confusas quanto ela. Seus olhos vasculhavam a região em busca de um mínimo resquício de Katarina e ao longe fios de cabelos azuis chamou sua atenção e ela saiu naquela direção.
— Kat! — exclama Suzana assim que se aproxima da garota. — Até que fim eu te encontrei, estava tão preocupada. Você está bem?
— Não muito... — Responde Katarina com um olhar distante.
— O que aconteceu? Você se machucou? Alguém machucou você? — Suzana averiguá com o olhar se Kat havia se ferido, mas tudo aparentemente estava bem.
— Não sei... não é nada físico. Não sei explicar. — diz ela.
— Vem amor, vou te levar para casa. — Suzana passa o braço sobre os ombros de Kat e conduz ela para longe dali.
— Mas precisamos... e as meninas?
— Falamos com elas depois. Minha preocupação agora é você.
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— Isso só pode ser obra dele, mas por que e como eu não sei. — Suzana sussurrou.
Deitada na cama de Kat, enquanto esperava a mesma sair do banho, Suzana racionava sobres os últimos acontecimentos e tentava achar uma explicação para o porquê ter acontecido. De repente ela se levanta decidida a sair em busca de resposta e ela sabia onde encontrar. Nem sequer antes que possa dar um passo em direção a porta, Kat entra no quarto tão abrupta quanto a tempestade que lhes acometera mais cedo.
— Eu sabia que isso não era uma consciência! — resmungava ela enquanto se vestia apressadamente. — Como pude esquecer, tanto que a vovó avisou.
— Kat, do que você está falando? Aconteceu alguma coisa? — Suzana estava completamente confusa, as coisas que Kat falava não faziam o menor sentido para ela.
— Precisamos encontrar a Vicky agora. – Diz Katarina. — Essa poeira... não é a primeira vez que acontece.
— Mas nem sabemos onde ela está... — Suzana pegou a chaves do carro.
— Vamos voltar.
— Como assim Kat? Se isso tivesse acontecido alguém se lembraria, como ninguém comentou sobre isso antes?
— Não tenho tempo de explicar agora, preciso ver a Vicky! — Kat fala e começa a puxar uma caixa da estante.
— Deixa eu te ajudar. — Diz Suzana descendo a pesada caixa. — Afinal o que tem aqui dentro?
— Eram da minha avó. Preciso levar algumas coisas para Vicky.
Kat jogou dentro de uma mochila alguns papeis e livros que estavam na caixa, depois se virou novamente para estante e pegou um livro que fez com que o sangue de Suzana congelasse nas veias.
— Isso sempre esteve aí? — perguntou Suzana insegura.
— Não, estava lá embaixo junto com as outras coisas da vovó, mas eu resolvi trazer para cá.
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Penumbra
FantasyFomos caçados, mutilados e mortos. Os poucos de nós que sobreviveram ao massacre fugiram e se esconderam, uns continuaram em sua cidade recusando-se a fugir, outros simplesmente emigraram. Não mantivemos contato por muito tempo, tivemos uns cochicho...