Penumbra

XX

Oi docinhos, já estávamos com saudade. Um capitulo saindo do forno para vocês. Não esqueçam de comentar e da nossa amada estrelinha.
#GeLaLu
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ALICE

Estava mortificada. Sentou-se a mesa para o café da manhã e pegou uma torrada, não... Quase comera um pires achando ser uma torrada.

- Qual o problema? - Regina perguntou enquanto servia café em sua xícara.

Alice soltou um leve gritinho. Cortou o dedo enquanto partia o pão depois de certificar-se de que não tinha torrada.. Ela levou o dedo instintivamente a boca.

- Desculpa, tia Regina.

Ela voltou a por o dedo na boca.

- Dormiu mal? - a mais velha perguntou.

Alice tomou um pouco da sua xícara de café e sentiu que estava um pouco mais desperta.

- Bastante mal. - ela respondeu.

Regina arregalou os olhos.

- Seja lá que maquiagem for essa, me empresta. Você parece ótima!

A garota levou a mão ao rosto enquanto observava a tia de olhos arregalados. Ela havia dormido muito mal, tivera sonhos constantes e acordou várias vezes durante a noite. Quando olhou o reflexo pela manhã se sentia tão péssima e realmente o estava, no entanto, sua tia a estava elogiando, e ela não gostava de falsos elogios.

Tossiu um pouco e tentou disfarçar a preocupação para um semblante apenas distraído.

- Onde está Analu?

Sua tia sorriu.

- Depressa, Analu! - ela gritou da mesa. - Você não está indo pra uma desfile de moda.

Alice observou sua tia voltar a comer distraidamente e sorriu ao ouvir sua prima correndo e descendo as escadas.

- Vamos a um desfile de moda?

Regina pareceu confusa. Alice reprimiu uma gargalhada, mas falhou.

- Não... - começou Regina.

Alice pousou a xícara e olhou maldosamente para a tia.

- Eu acho que ela está querendo impressionar alguém.

Analu ficou vermelha e começou a gaguejar. Alice riu ainda mais. Analu começou uma discussão com a vó tentando defender que não era esse o motivo. Regina sorria e provocava ainda mais. Ela observou as duas a mesa, lembrou-se da sua casa e das brincadeiras durante as refeições da família, as brigas, sua mãe sempre muito elegante e parecendo levemente artificial mesmo assim extremamente doce e atenciosa. Ou ao menos relativamente atenciosa. Alice se pegou demorando para lembrar de sua mãe e isso fez seu coração pesar.

Respirou fundo. Como não lembrava-se do rosto da sua mãe? Alice sentiu uma dor no ventre forte, olhou para baixo, sua barriga lisa (ela sempre fora muito magra) estava tingindo-se de vermelho. De repente a confusão entre sua tia e Analu lhe escapara aos ouvidos e ela sentiu que estava perdendo os sentidos. Algo estava errado, ela estava grávida, onde estava sua filha? Alice gritou seu nome.

- Lorena! - gritava ela.

Sua tia Regina levantou, caminhou até ela em passos compridos e, surpresamente lhe deu um tapa no rosto que lhe cegou momentaneamente .

- Nunca mais diga esse nome! - Ela esbravejou e voltou-se para Analu que estava paralisada no meio da cozinha, parecendo bem surpresa e um pouco corada.